O eco também é pop: conheça produtos que geram baixo impacto ambiental

Os ecoprodutos se constituíram como uma nova tendência crescente, que visa à sustentabilidade em seus três pilares: econômico, social e ambiental. O Festival Winds for Future reforça o movimento com o espaço EcoVila, neste fim de semana, no Cumbuco

Escrito por Lívia Carvalho , livia.carvalho@verdesmares.com.br
Legenda: Bolsa ecológica da Green Bag Brasil feita a partir de lona, cinto de segurança e vinil
Foto: Divulgação

Não é de hoje que a discussão acerca de produtos sustentáveis está em pauta. O grande volume de produção de lixo e o descarte feito de maneira errada têm preocupado ativistas pelo meio ambiente acerca do futuro do planeta. De acordo com estudo feito pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF) divulgado em março deste ano, o Brasil é o quarto país que mais produz resíduo plástico, sendo apenas 1,2% disso reciclado. 

Tomando como um propósito, diversas marcas se engajaram na onda do sustentável e promovem, em sua cadeia produtiva, uma construção baseada nos três pilares da sustentabilidade: o econômico, o social e o ambiental. Negócios com essa premissa estarão presentes no espaço EcoVila do Festival Winds for Future, que acontece neste fim de semana, na Praia do Cumbuco. 

Reúso de material 

Juliano Pessoa assina a curadoria do espaço. O especialista em gestão ambiental transforma resíduos que seriam descartados em novos produtos. O conceito conhecido como ‘upcycling’ é aplicado na Green Bag Brasil, marca que usa lona de carreta, cinto de segurança de carro e disco de vinil para fazer sacolas ecológicas. As mochilas para notebooks e as bolsas de tamanho maior são as que fazem mais sucesso entre o público.

Já na Meu Óculos de Madeira e na Wood Retrôfit, também com o comando de Juliano, resíduos de madeira viram matéria-prima. As armações dos óculos solares são todas feitas à mão. Luminárias, caixotes para bebidas, suportes para celular e para vasos de plantas, além de banquetas formam o catálogo da empresa de mobílias. 

Legenda: As armações solares da Meu Óculos de Madeira são feitas à mão e a partir de resíduos de madeira reutilizados
Foto: Divulgação

“O consumidor está exigindo essa mudança de comportamento de impacto e o mercado tem acompanhado esse processo”, explica o gestor ambiental sobre essa tendência. 

Legenda: Luminária de madeira reutilizada da Wood Retrôfit
Foto: Divulgação

Os copos reutilizáveis da Silicup (SC) também estarão no espaço, além do protetor em bastão físico feito com óxido de zinco da Brazinco (SC). 

Vestimenta natural

Be Ocean, brand de roupas praianas que usa tecidos de algodão orgânico nas peças, também estará na EcoVila. Mardônio da Paz conta que há um ano, quando a marca nasceu, a ideia não era simplesmente abrir uma loja de roupas e sim colocar no mercado a ideia que acredita e apoia. “Surgiu de algo que a gente defende, que temos que rever nossos hábitos e nossas atitudes, tanto em relação ao meio ambiente quanto às pessoas em si”, explica o empresário. 

Legenda: A Be Ocean, marca de moda praia, usa tecidos à base de algodão orgânico na produção das peças
Foto: Divulgação

O #MovimentoBeOcean, para além da marca de roupas, promove uma série de ações para engajar e conscientizar as pessoas acerca desse impacto no planeta. Em julho deste ano, junto do artesão Ricardo Pontes, foi montada uma estrutura em formato de onda com lixo coletado da Praia de Iracema. 

A Grão, comandada pela administradora Renata Pinheiro, também estará presente. A sustentabilidade é marca no DNA, caracterizado pelo uso de tingimento natural e de tecidos orgânicos na produção das peças. Além de prezar por uma fabricação em baixa escala. A “Passaredo”, coleção recém-lançada da Grão, já estará disponível à venda.

Legenda: Peça da nova coleção “Passaredo”, da Grão, que resgata o sentimento de liberdade
Foto: Divulgação

Uma das novidades é o tingimento com o índigo, corante natural de tonalidade azulada. Além do uso de cascas de cebola para a estamparia. Com recortes fluidos e modelagens soltas, as peças são um convite para a liberdade. 

Serviço
EcoVila no Festival Winds for Future 
Sábado (21) e domingo (22), das 8h às 23h30, na Praia do Cumbuco. Ingressos: de R$255 a R$335. 

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