Nova série da Globoplay, 'Aruanas' discute sustentabilidade e vida de ativistas ambientais

Série reutilizou 90% do figurino e teve 47% da equipe composta por mulheres. O novo original Globoplay tem no elenco nomes como Taís Araújo, Debora Falabella, Leandra Leal, Camila Pitanga e Thainá Duarte.

Escrito por Redação ,
Legenda: Clara (Thainá Duarte), Verônica (Taís Araújo), Natalie (Débora Falabela) e Luiza (Leandra Leal)
Foto: Crédito: Globo/Fábio Rocha

Três amigas idealistas fundam a ONG ambiental Aruana e investigam as atividades de uma mineradora que atua na Amazônia, onde estranhos fatos ocorrem: pedidos de socorro anônimos, pessoas adoecendo de forma misteriosa, assassinatos e ameaças aos povos indígenas.

As ativistas, cada uma em sua trilha investigativa, criam um mosaico de evidências que leva a um grande esquema de crimes ambientais envolvendo garimpos ilegais e uma renomada mineradora nacional. Enquanto desvendam uma perigosa teia de crimes e segredos, essas mulheres precisam lidar com seus próprios fantasmas e dramas pessoais.

Essa poderia ser a verdadeira história de qualquer organização que defenda uma das florestas mais importantes do planeta. Mas se trata de ‘Aruanas’, série brasileira de ficção livremente inspirada em fatos reais, que será lançada em mais de 150 países, com a parceria de cerca de 28 ONGs em todo o mundo.

O action drama thriller tem um propósito claro: alertar para a crise ambiental mundial e valorizar e proteger o trabalho de ativistas.

Em uma coprodução entre Globo e Maria Farinha Filmes, ‘Aruanas’ vai além do suspense e da ação ao ressaltar o debate sobre a preservação da biodiversidade e, consequentemente, da vida. Escrita por Estela Renner e Marcos Nisti, com a colaboração de Pedro Barros, a série quer mostrar a importância dos defensores do meio ambiente, que arriscam suas vidas em defesa de justiça, igualdade e de um mundo mais sustentável para a sociedade e para as gerações futuras.

A sustentabilidade além da temática

Em ‘Aruanas’, o conceito sustentável e de respeito ao entorno extrapolou a história e permeou toda a realização da série. Refletindo o compromisso socioambiental da Globo e da Maria Farinha Filmes, primeira produtora audiovisual brasileira certificada pelo Sistema B., a série reutilizou 90% do figurino, reciclando roupas de segunda mão, gerando menor produção de resíduos.

Além do elenco e da direção, 47% da equipe de produção foi composta por mulheres, num movimento que valorizou o empoderamento feminino. No elenco, que contou com 131 participações e 2000 figurantes, 33,8% das pessoas moravam na região da floresta Amazônica.

Legenda: Atrizes interpretam ativistas

Distribuição e alcance global

‘Aruanas’ será lançada mundialmente no dia 2 de julho, chegando a mais de 150 países, com legendas em 11 idiomas: inglês, espanhol, francês, italiano, alemão, holandês, russo, árabe, hindi, turco e coreano. A série estará disponível em aruanas.tv, em um ambiente powered by Vimeo, onde poderá ser comprada por US$ 12,90. De julho a outubro, 50% das vendas serão doadas para uma iniciativa (a ser revelada) de proteção da floresta amazônica.

No Brasil, ‘Aruanas’ será disponibilizada na íntegra no Globoplay, plataforma de streaming do Grupo Globo. Em uma exibição especial, o primeiro episódio irá ao ar na Globo  no dia 3 de julho. 

Por um futuro sustentável

‘Aruanas’ é uma série de ficção, mas a maior fonte de inspiração é a realidade. Com 10 episódios, a primeira temporada tem como cenário a Amazônia, que oferece uma conexão aos desafios globais sobre florestas e clima. Somente em 2018, o desmatamento na Amazônia aumentou 14%, o maior salto na última década.

Essa história trata de ideais, sem deixar de tocar nas fragilidades que nos tornam humanos. O ativista não é colocado como herói, mas como uma pessoa comum, que sai todos os dias para trabalhar pela causa em que acredita, mas sem ter a certeza de que voltará para casa em segurança.

Há três anos, o Brasil ocupa o primeiro lugar de um ranking mundial, que definitivamente não é motivo de orgulho: é o país que mais mata ativistas no mundo – só em 2017, foram 57 mortos, 80% deles de defensores da natureza.

Quando ativistas ambientais viram estatística, o que grita é a invisibilidade, a falta de valorização e reconhecimento dessas pessoas que têm como propósito de vida o cuidado com o meio ambiente, a luta contra o desmatamento ilegal, a extração ilegal de minérios, a contaminação de rios, a invasão de terras indígenas. Por que não unimos esforços com aqueles que trabalham pela vida? Essa é a questão que ‘Aruanas’ levanta. 

A série é um convite a sonhar com um futuro mais justo e sustentável. É o entretenimento em função de uma causa urgente e importante em todo o mundo, levantando um diálogo global sobre a preservação das florestas e o trabalho dos defensores ambientais. 

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