"MIB: Internacional" traz mulher como protagonista e leva ETs para a Europa

Filme segue linha de últimos protagonistas trazendo uma dupla de agentes em defesa do universo. Cenas apelam com efeitos visuais de ETs e armas futuristas

Escrito por João Lima Neto , joao.lima@diariodonordeste.com.br
Legenda: A agente M toma boa parte das decisões durante cenas importantes da produção
Foto: Foto: Divulgação

HIstoricamente, a TV e o cinema instigam a vontade de meninos viajarem no espaço, usar armas de lasers e encontrar criaturas alienígenas. Mas como seria tudo isso feito por uma menina? Nos primeiros filmes da franquia MIB, os homens dominavam as produções audiovisuais. Papéis coadjuvantes ou rápidas passagens pelo órgão intergaláctico são registrados pelas atrizes Linda Fiorentino e Rosário Dawson. Em "MIB: Homens de Preto Internacional", uma mulher toma a frente do próprio recrutamento para obter o almejado cargo de agente.

Tessa Thompson, intérprete da agente M, quebra o fluxo da agência de investigação e proteção alienígena ao ir atrás do desejo de conhecer o universo. Assim como Will Smith, a jovem atriz é negra e tem um companheiro branco - seguindo a dupla principal dos primeiros filmes. Durante os treinamentos no órgão interplanetário, a agente M discute com a Agente O, vivida pela atriz Emma Thompson, os motivos do nome do órgão ainda levar a palavra "homem", em meio a atuação delas na direção e em campo pela defesa da Terra.

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A agente M tem o destino traçado com os Homens de Preto ainda na infância, quando uma espécie de extraterrestre fugindo do espaço apareceu no quarto dela. Já o agente H, interpretado por Christopher Hemsworth, não sabe-se se por desejo do diretor Felix Gary Gray ou do ator australiano, tem o papel transformado em um "gostosão atrapalhado".

O agente H carrega boa parte das cenas de humor. Claro, exploram o corpo de Hemsworth no filme, além de piadinha com o personagem "Thor" da franquia "Vingadores".

Não diferente dos últimos filmes, imagens do universo são exploradas do começo ao fim. Uma das primeiras referências ao espaço, logo no início da nova produção, aparece por meio do livro "Uma Breve História do Tempo" - lido pela agente M ainda criança. O mundo tecnológico é também explorado por meio de telões em Led, armas e carros futuristas.

De forma geral, o roteiro trabalha a descoberta de um traidor no renomado órgão internacional. Juntos, os agentes M e H levam ação e muito humor, além de olhares românticos.

Cenários

Um mundo alienígena além dos Estados Unidos. MIB leva a realidade da vida extraterrestre fora do continente americano. Marrakech, Londres e Paris ganham cenas em pontos turísticos. A Torre Eiffel é local crucial do roteiro, do começo ao fim do filme. É revelado, por exemplo, que a primeira imigração de seres de outro mundo aconteceu por meio do monumento francês.

Em 1997, no primeiro filme, os recursos tecnológicos eram bem diferentes da atualidade. Mesmo assim, MIB trouxe artes gráficas e a caracterização de extraterrestres de forma ampla. Em 2019, as cenas com ETs são ainda mais presentes por meio dos vilões. A plasticidade de rostos deixa a desejar em algumas cenas, mas a proximidade criada com as relações entre humanos fica mais forte. Hemsworth até aparece em uma cena após sexo com uma criminosa extraterrestre.

Quem ganha destaque também na produção é o personagem criado por computação gráfica Pawny. Ele supre a ausência do pug Frankie. Como já explorado em outros filmes da franquia MIB, Pawny é de um mundo de pequenos seres - do tamanho de peças de xadrez, precisamente.

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