“Malévola: Dona do Mal” estreia nesta quinta (17) e aposta no carisma de Angelina Jolie

No filme, a atriz continua mostrando toda a plenitude ao incorporar a grande “vilã”

Escrito por Mylena Gadelha , mylena.gadelha@svm.com.br
Legenda: Atriz volta ao papel da vilã Malévola
Foto: Foto: divulgação

Quando Angelina Jolie apareceu nas telas do cinema como Malévola, grande vilã do conto da Bela Adormecida, em 2014, o sucesso foi estrondoso. Entre os mais de 750 milhões de dólares em bilheteria mundial, comentários relacionados à caracterização e atuação da atriz corriam pelas críticas cinematográficas.

Agora, de volta ao papel, a situação não parece ser tão diferente. “Malévola: Dona do Mal”, sequência do primeiro longa, aposta em uma nova história, mas segue se agarrando à figura de Angelina para alcançar o que já foi conquistado anos atrás. 

A estratégia não se torna falha, é necessário pontuar. Mesmo assim, o roteiro diferente pode diminuir o potencial construído sob uma das maiores vilãs dos contos de fada. Seriam as continuações uma via realmente arriscada para fazer perdurar os êxitos nas grandes telas? 

Na nova história, dirigida pelo norueguês Joachim Ronning, o romance entre a princesa Aurora (Elle Fanning) e o príncipe Phillip (Harris Dickinson) se torna uma união que despertará as possibilidades de conflitos entre os reinos comandados por Malévola (Angelina Jolie) e pela Rainha Ingrith (Michelle Pfeiffer).

Acontece que aqui nada é o que parece ser. Se antes a expectativa em relação aos atos de vilania cercava a figura de Malévola, dessa vez é a monarca sustentada por Pfeiffer o personagem capaz de causar o caos entre as criaturas fantásticas do longa.

O grande embate se inicia justamente quando a protagonista, que dá nome à narrativa, tenta esconder a verdadeira essência, mas falha. Nesse momento, como toda boa vilã, Ingrith cumpre o papel designado de instalar a desordem em um cenário já desestruturado.

Origens

Um dos trunfos do novo filme fica por conta da introdução ao universo original das criaturas mostradas ao público anteriormente. Em meio aos belos cenários, construídos por uma experiência visual digna e completa, podemos acompanhar de onde Malévola veio, ao passo em que também é possível saber como ela não é única no mundo. O pecado nesse caso fica em não explorar muitos dos seres da trama.

É nesse momento de descoberta em que se encontra a grande questão de Malévola. Responsável pela criação da princesa Aurora, ela se vê perdida quando a jovem não está mais sob sua responsabilidade. 

A partir de então, passa a se conhecer e, porque não, entender os reais motivos de ser uma força do mal. Segundo Ronning, que concedeu entrevistas antes do lançamento oficial, foi possível perceber todo o potencial de Jolie nisso.

De acordo com a crítica mundial, é exatamente isso que acontece. Angelina continua a ser tudo que foi na primeira parte e ainda consegue ir além: fixa o rosto como uma marca sem diminuir o mérito do filme.

Fórmula

Repetir esquemas já consagrados não deixa de funcionar por aqui. Em “Dona do Mal”, tanto a direção como o elenco sabem da ânsia do público por rever o enredo iniciado em 2014. Uma dessas fórmulas residia em apostar em mulheres fortes para construir as cenas em curso.

Na primeira película, a figura de Malévola era a principal aposta feminina. Dessa vez, tanto Aurora, já crescida, como a rainha Ingrith integram grandiosamente a jornada das mulheres com mais destaque. 

Não existem reclamações em relação a isso, afinal de contas, as três são bem construídas de propósito. Porém, em determinados momentos, os personagens secundários podem parecer perdidos ou sem uma utilidade clara aos olhos do público.

No fim de tudo, cabe ressaltar como a necessidade de tornar tudo gigante dentro dos filmes pode fazer o contrário. Se a primeira história expandia algo consagrado, agora talvez seja mais uma forma de continuar os lucros sem acrescentar tanto assim.

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