Filmes dirigidos por cearenses são destaque no 41º Festival de Havana

Três produções de realizadores locais integram a programação do evento que acontece entre os dias 5 e 15 de dezembro

Escrito por Redação ,
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Foto: Divulgação

Cuba é uma nação mundialmente reconhecida pela excelência cinematográfica. Da produção ao ensino, no qual se evidencia a existência da Escuela Internacional de Cine y Television, o País é berço de expoentes como Manuel Píres, Juan Padrón, Pastor Vega, Julio Garcia Espinosa, Humberto Solás, Octavio Cortázar, Juan Carlos Tabío e Tomás Gutiérrez Alea. 

A tradição da Ilha demarca as presenças do Instituto Cubano de Arte e Indústria Cinematográfica e do Festival do Novo Cinema Latino-Americano de Havana. Em 2019, o evento completa 41 edições e ilumina forte presença do cinema brasileiro. Das 117 obras participantes da seleção oficial, o Brasil é responsável por mais de 50 produções. Quatro diretores cearenses marcam presença: Karim AïnouzWolney Oliveira Petrus Cariry e Firmino Holanda.

Destaque entre as estreias da semana, “A Vida Invisível” (Karim Aïnouz) disputa entre os longas de ficção. Concorrente à vaga brasileira no Oscar 2020, o filme estrelado por Fernanda Montenegro, Carol Duarte e Julia Stockler disputa com “Bacurau” (Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles) , “Três verões” (Sandra Kogut) e “Divino Amor” (Gabriel Mascaro). 

Sobre o cinema

Premiado na última edição do Festival Internacional de Documentários “É Tudo Verdade” (SP), “Soldados da Borracha” (Wolney Oliveira) é um dos seis trabalhos nacionais presentes na mostra dedicada ao gênero. Completam a lista: “Casa” (Letícia Simões), “Cine Marrocos” (Ricardo Calil), “Democracia em vertigem” (Petra Costa), “Diz a ela que me viu chorar” (Maíra Santi Bühler) e “Santiago das Américas ou O olho do Terceiro Mundo”, de Silvio Tendler.

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O Festival de Havana também vai premiar filmes cujo foco é falar de cinema. Trata do segmento “Cinemateca Latino-Americana”. Seis filmes participam e três deles são brasileiros. Petrus Cariry e Firmino Holanda apresentam “A Jangada de Welles”, obra que vasculha a passagem de Orson Welles (1915–1985) pelo Brasil, para filmar “It´s All True”.

Completam “A Mulher de Luz Própria”, de Sinai Sganzerla (sobre a atriz e diretora Helena Ignez) e “Banquete Coutinho”, de Josafá Veloso (sobre o documentarista Eduardo Coutinho). 

 

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