Fã de Raimundo Fagner reúne grandioso acervo em homenagem ao cantor

Damião Pereira acompanha a trajetória de Fagner há mais de 35 anos e guarda todos os discos, fotos e ingressos de shows do cantor

Escrito por Redação ,
Legenda: Damião ouviu as canções de Fagner pela primeira vez nos anos 80 e, desde então, coleciona memórias de sua carreira
Foto: Acervo Pessoal

De Lavras da Mangabeira, no interior do Ceará, Damião Pereira acompanha a trajetória do ídolo há mais de 35 anos. O sentimento do cearense transpassa a admiração e inspira até mesmo o nome do filho caçula: Fagner.

A paixão de Damião teve início juntamente com os anos de 1980. De maneira despretensiosa, ouvia as músicas do cantor pela rádio. Entretanto, tudo mudou quando seu pai trocou o antigo fusca por uma radiola. “Nessa troca vieram uns discos. Tinha uns dois discos do Fagner no meio desses vinis. Daí, quando meu pai colocou pra tocar, me chamou muito mais atenção (do que pelo rádio). Era o disco ‘Traduzir-se’, de 1981, e o disco ‘Palavras de Amor’, de 1983”, relembra.

Como ainda não existia lojas de vinil em sua cidade na época, o encantamento desencadeou uma promessa pessoal: “Quando eu for para São Paulo - que eu fui em 1988 - eu vou comprar todos os discos do Fagner”, recorda Damião. Dito e feito. 

Hoje, o fã possui um acervo que engloba todos os LPs, CDs e DVDs lançados pelo cantor, além de mais de 3 mil fotos e 100 ingressos de show guardados. Ao ser questionado a respeito de uma música favorita, a resposta foi precisa. “Neste LP ‘O último pau de arara’, lançado em 1973, tem a canção ‘Canteiros’, a que mais me marcou”, afirma. Com muito carinho e dedicação, Damião diz ainda fazer questão de organizar a coleção semanalmente.

Foto: Acervo Pessoal
 

Foto: Acervo Pessoal

Foto: Acervo Pessoal

Foto: Acervo Pessoal

A quantidade de artigos acumulados ao longo dos anos não foi o suficiente para acalmar os ânimos do admirador. Surge, assim, a página ‘Fagner Mania’, primeiro no Facebook, posteriormente no Instagram. “Foi uma forma de homenageá-lo, o próprio Raimundo. As pessoas que gostam de seu trabalho começam a conhecer mais sua arte, sua história. Deixo o pessoal antenado em shows, agenda. É uma interação entre os fãs.”

Após tantos anos, tamanho empenho de Damião chamou a atenção não só do cantor - com quem se comunica por meio do WhatsApp -  como da própria fundação, que colabora com o acervo do fã. “E lá, com certeza, tem várias cartas que escrevi, além de um presente que eu mandei fazer em argila, uma imagem de Patativa do Assaré. Uma vez eu fui lá e vi na mesa do escritório do Raimundo. Pra mim, é uma honra fazer parte dessa história”, complementa.