Comissão que seleciona representante brasileiro no Oscar 2020 é anunciada

A escolha do filme brasileiro que concorre a uma vaga no Oscar de "Melhor Filme Internacional" (novo nome da categoria "Melhor Filme Estrangeiro") sempre rende expectativa e debates acalorados. Em 2017, o hoje extinto Ministério da Cultura repassou à sociedade civil a missão de formar a comissão julgadora do representante no Brasil ao Oscar. Desde então, a seleção dos membros do júri ficaram a critério da Academia Brasileira de Cinema (ABC). 

Na terça-feira (11), a entidade divulgou os nomes que irão definir quem pode disputar uma vaga ao Oscar 2020. Ao todo, nove nomes foram anunciados. A Comissão Especial de Seleção reúne os cineastas Anna Muylaert ("Que horas ela volta?"), David Shürmann ("Pequeno segredo") e Zelito Viana ("Avaeté - Semente da Vingança"). As produtoras Sara Silveira ("As boas maneiras") e Vania Catani ("O Palhaço") também estão no grupo. 

Outros nomes da indústria marcam presença, caso do diretor de fotografia Walter Carvalho ("Central do Brasil") e do roteirista Mikael de Albuquerque ("Real: O plano por trás da história"). Completa a lista o crítico e curador Amir Labaki , fundador do Festival "É Tudo Verdade" e Ilda Santiago , diretora do Festival do Rio.

Além dos membros titulares, a comissão é composta por suplentes. Contam o distribuidor e produtor Marcio Fraccaroli e a documentarista e produtora Adriana Dutra. 

Expectativas

Após o anúncio dos nomes, começaram as especulações sobre os candidatos com mais chances de representar o Brasil. Premiados na última edição de Cannes, realizada em maio último, "A Vida Invisível de Eurídice Gusmão", de Karim Aïnouz; e "Bacurau", de Kléber Mendonça Filho e Juliano Dornelles são as produções mais comentadas e lembradas pelo público.

Para estar apto a tentar uma vaga na categoria, o filme precisa ser consenso entre os nove integrantes da comissão já citada. Na premiação de 1963, "O pagador de Promessas" (1962) inaugurou o sonho verde-amarelo na disputa de melhor filme de língua estrangeira.

Chegar à final do prêmio concedido pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood foi realidade mais três vezes, com "O quatrilho" (1995), "O que é isso, companheiro?" (1997) e "Central do Brasil" (1998).