Festival Eleazar de Carvalho será aberto neste domingo (30), no Teatro Celina Queiroz (Unifor)

Em 2019, a universidade completa 15 anos como sede do evento. O festival chega à 21ª edição e ganha mais sete dias de programação

Escrito por Redação ,
Legenda: Apresentação da edição de 2018 do festival: a formação dos músicos é o foco do projeto
Foto: Foto: Ares Soares

Cursos de aperfeiçoamento em regência coral, regência orquestral, instrumentos de cordas, sopros, percussão, canto e piano. Com essas atividades, o tradicional Festival Eleazar de Carvalho chega à 21ª edição e será aberto neste domingo (30), às 19h, com a instalação dos atos acadêmicos, apresentação de um coral de alunos e professores músicos; além da exibição de um filme sobre o Maestro Eleazar de Carvalho, no Teatro Celina Queiroz (Unifor). A entrada é gratuita.

Até 21 de julho, a Universidade de Fortaleza (Unifor) sedia mais um ciclo de formação e celebração da música erudita. O Festival movimenta o campus da Instituição e reúne os músicos em uma série de atividades.

Em paralelo às formações, os artistas se apresentam em uma mostra dos resultados dos encontros entre professores e alunos, a partir de um repertório essencialmente erudito. Cerca de 300 alunos acompanharão as formações.

As apresentações acontecem todos os dias, sempre às 20h, no Teatro Celina Queiroz, durante as três semanas do evento. Em 2019, o projeto ganha mais sete dias de programação, em relação ao ano passado (realizado durante 15 dias).

Esta edição homenageia três ícones do cenário da música erudita: os compositores Heitor Villa Lobos (1887-1959), Cláudio Santoro (1919-1989) e Felix Mendelssohn (1809-1847).

Para conduzir os cursos, mestres como Rodrigo Vitta, Sergei Eleazar de Carvalho, Robert Black, Alexandre Casado, João Luiz Resende Lopes, Paul Rutman estão na programação. Esta será a 15ª edição do Festival realizada na Unifor.

Legenda: Apresentação na programação do festival no ano passado
Foto: Foto: Kid Júnior

Segundo o vice-reitor de extensão da Unifor, professor Randal Pompeu, o Festival Eleazar de Carvalho alcança a 21ª edição como uma referência de divulgação da música erudita. Para além do viés de aprendizado dos jovens músicos, o evento estimula a formação de plateia para os concertos.

Para Thiago Braga, chefe da Divisão de Arte, Cultura e Eventos da Unifor, o evento é um diferencial na formação dos jovens músicos que integram o evento. A Universidade acolhe a série educativa como referência para ajudar a aperfeiçoar e estimular carreiras artísticas no Estado.

"É algo que eles levam para a vida deles, não só do ponto de vista do aprendizado de cada instrumento musical, mas também da questão de se espelhar nesses grandes músicos e de ver que pode ser um deles também", reflete Braga.

O gestor recapitula como, depois de participar de edições anteriores do Festival, crianças e jovens passaram a se dedicar a sério à música. "Eles começam a viver disso tanto aqui, como em outros estados e até em outros países", complementa.

No retrospecto do Eleazar de Carvalho, alunos ganharam, após a formação, bolsas de estudo no exterior, seguindo um caminho até "natural", se for considerada a limitação do mercado da música no Brasil - sobretudo para vertentes mais sofisticadas, como o erudito.

Público

Durante as três semanas do evento, o campus universitário recebe um público mais diversificado, fora a presença habitual de estudantes, professores e demais funcionários da instituição. Thiago Braga detalha essa movimentação.

Primeiramente, óbvio, a gente tem um público que aprecia a música erudita. Mas também o público que aprecia as artes de maneira geral e não tem um conhecimento profundo sobre esse assunto. É um curso de aperfeiçoamento, mas também um festival de formação de plateia", alinha Thiago Braga.

Trajetória

Sob a direção artística da musicista Sônia Muniz de Carvalho, viúva do maestro Eleazar de Carvalho (1912-1996), o festival foi inspirado em um modelo conhecido na década de 1940, em Tanglewood, Massachussets (EUA). No Brasil, o evento começou seu ciclo em Campos do Jordão (SP), Itu (SP), Gramado (RS) e João Pessoa (PB).

Para satisfazer um desejo de Eleazar, cearense de Iguatu, município da região Centro-Sul do Estado, o festival foi transferido para o Ceará no fim da década de 1990, pouco depois da morte do maestro, falecido em setembro de 1996.

Referência na cultura local, Eleazar de Carvalho ainda dá nome a uma orquestra criada, a princípio, pela gestão da Secretaria da Cultura do Estado (Secult/CE). Hoje, a formação é mantida com recursos mistos - públicos e privados, independentemente do Governo estadual.

Serviço
Festival Eleazar de Carvalho

Abertura da 21ª edição do evento de música erudita. Neste domingo (30), às 19h, no Teatro Celina Queiroz (Avenida Washington Soares, 1321, Campus da Unifor - Bloco T). Até 21 de julho, com entrada franca. Contato: (85) 3477.3311 - www.unifor.br.

Confira a programação aberta ao público:

Dia 30 de junho (domingo), às 19h, no Teatro Celina Queiroz 
Instalação dos atos acadêmicos
Execução de Halleluia de Thompson, pelo coral de alunos e professores
Exibição de filme sobre o Maestro Eleazar de Carvalho

1º de julho (segunda), às 20h, no Teatro Celina Queiroz
Camerata Unifor e Big Band Unifor 

2 de julho (terça), às 20h, no Teatro Celina Queiroz
Quarteto Acordes Mágicos

3 de julho (quarta), às 20h, no Teatro Celina Queiroz
Orquestra Jaques Klein 
Grupo Marimbas de Maracanaú

4 de julho (quinta), às 20h, no Teatro Celina Queiroz
Concerto de contrabaixo com Robert Black
Trio de Metais: Reginaldo Thimóteo, André Couto e Robson Lima

6 de julho (sábado), às 20h, no Teatro Celina Queiroz 
Concerto de professores 

8 de julho (segunda), às 20h, no Teatro Celina Queiroz 
Recital de violoncelo com Leonardo Semensatto e o pianista José Henrique Martins

9 de julho (terça), às 20h, no Teatro Celina Queiroz 
Concerto da Orquestra do Festival 

10 de julho (quarta), às 9h, no Teatro Celina Queiroz
Concerto da Orquestra no 10º Depósito de Suprimentos do Exército Brasileiro

11 de julho (quinta), às 20h, no Teatro Celina Queiroz
Concerto Música Contemporânea com Robert Black, Rodrigo Vitta e Roberto Saltini

12 de julho (sexta), às 20h, no Teatro Celina Queiroz
Recital de piano com Paul Rutman e recital de canto com Marcelo Okay e Sonia Muniz de Carvalho ao piano

 

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