Animais Fantásticos: Crimes de Grindelwald traz de volta a magia do mundo bruxo

Newt Scamander volta como protagonista da história e tem que lidar com o apoio de Dumbledore contra os planos de Grindelwald

Escrito por Mylena Gadelha , mylena.gadelha@diariodonordeste.com.br
Legenda: Eddie Redmayne, como Newt, Jude Law, como Dumbledore, e Johnny Depp, como Grindelwald, estão confortáveis nos papeis que desempenham
Foto: Foto: divulgação

Basta qualquer menção ao mundo bruxo ser feita e milhares de fãs da saga Harry Potter se mobilizam ao redor do mundo. Não poderia ser diferente com o lançamento de 'Animais Fantásticos: Crimes de Grindelwald', segundo filme da franquia que tem Newt Scamander, sob responsabilidade de Eddie Redmayne, como personagem principal. No primeiro, as tramas envolviam Newt e as criaturas mágicas, além da captura do bruxo das trevas Grindelwald, interpretado por Johnny Depp.

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Agora, após a fuga dele da custódia do MACUSA (Congresso Mágico dos Estados Unidos da América), uma busca para impedir os planos de dominação dos magos de sangue puro sobre todos os seres não-mágicos se inicia. Alvo Dumbledore (Jude Law), figura conhecida do universo montado por J.K Rowling, recruta Newt para ajudar a defender a comunidade bruxa dos perigos que estão por vir. Quem também continua marcando presença na história é Tina Goldstein (Katherine Waterston) e a irmã Queenie (Alison Sudol). Já Ezra Miller segue na pele de Credence, que parece ter um papel fundamental nos planos obscuros de Grindelwald.

Pelos fãs

Se em 2016 o longa serviu para que os fãs fossem reintroduzidos ao universo da magia, o papel dessa vez é o de mostrar o quão complexo é o universo montado pela escritora britânica. E o filme, de fato, não decepciona. No entanto, toda a complexidade que envolve o novo roteiro pode transformar a experiência cinematográfica confusa de acompanhar, até mesmo para aqueles que se habituaram a alguns desses personagens.

Sobre as atuações, não há o que questionar: são alguns dos pontos altos do filme. Redmayne consegue criar uma personalidade íntima para Newt, e não poderia estar mais confortável no papel. Enquanto isso, Jude Law é capaz de absorver a essência do que Dumbledore representa, em uma personificação do espírito misterioso e poderoso do professor, que no futuro - como já sabemos- viria a ser diretor de Hogwarts.

Força da magia

Outro ponto alto do longa, sem dúvidas, é o impacto causado pelas cenas em que a computação gráfica se faz presente. Como a mágica é essencial para que o filme transcorra, são estes efeitos que causam a total imersão no universo através dos feitiços e das criaturas tão amadas por Newt. E por falar em feitiços, um dos mais conhecidos da história do "menino que sobreviveu" aparece em um momento pra lá de nostálgico e que deve fazer muitos olhos marejarem nas salas de cinema do mundo.

O que resta ao fim da última cena é a sensação de que os detalhes pensados por Rowling são minuciosos e se unem em uma trama que, mesmo depois de anos, continua arrebatando crianças, jovens e adultos em todos os cantos.

Os defeitos estão presentes e precisam de conserto na sequência, mas não ofuscam a força do que a saga continua construindo nas mais diversas plataformas, seja na sétima arte ou além dela.