Viúva de inspetor executado é presa

Escrito por José Avelino Neto - Colaborador ,

Senador Pompeu. A viúva do inspetor José Cláudio Nogueira, morto a tiros no último dia 20 de agosto foi presa, ontem. Segundo a Polícia, Michele Arruda Nogueira e Jackson Alves Pinheiro que seria amante dela teriam planejado o assassinato do policial para ficar com os bens e dinheiro da vítima. Os dois foram presos na manhã de ontem, durante a 'Operação entre a cruz e a espada'. Tiago Soares Cunha e Fabiano Souza do Nascimento, suspeitos de serem os autores dos disparos que mataram José Cláudio também foram presos.

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A ação contou com o apoio de equipes dos municípios de Tianguá, Quixeramobim, Banabuiú, Solonópole e Pedra Branca. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão na residência de Michele, do amante e dos dois executores. Um deles, conforme a Polícia, seria primo do amante de Michele. Durante as investigações, a Polícia descobriu que Michele e o amante teriam pago R$ 25 mil para que o policial fosse executado.

De acordo com o delegado titular da Delegacia Regional de Polícia Civil (DRPC) de Senador Pompeu, Jéferson Lopes Custódio, uma testemunha teria confessado todo o plano, que acabou sendo revelado por Michele durante seu depoimento. "Foi uma trama arquitetada pelo amante e a esposa da vítima, que contrataram uma dupla de pistoleiros para executar o policial", disse o delegado.

Um dos acusados de executar Cláudio já é investigado pela participação em outros crimes na região. Ele cumpria pena em regime semiaberto.

Plano

A viúva e o amante estariam tendo um caso desde maio deste ano. O delegado acredita que cerca de um mês depois, o casal teria passado a arquitetar o crime, pelo receio de que fossem descobertos. Além disso, Cláudio tinha propriedades em seu nome. O dinheiro que poderia ser arrecadado com a venda dos bens e imóveis, também pode ter induzido os dois a ter planejado a morte. "Ela confessou que estava apaixonada por ele, e ele não trabalha! Ele tem fama de playboy na cidade. Poucos dias depois da morte, ela passou a vender bens como bois e terrenos que ele tinha", frisou Jéferson.

No inquérito a Polícia descobriu detalhes que ajudaram a chegar aos envolvidos. "No dia do crime, o inspetor bebeu até tarde na Praça de Senador. Apuramos que antes de sair da praça, ela falou com os executores e deu as coordenadas, mas não disse isso em depoimento".

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