Rede reconhece dificuldade em denúncias

A Secretaria de Proteção Social (SPS) cedeu duas assistentes sociais e uma psicóloga do Centro de Referência e Apoio às Vítimas de Violência (Cravv)

Escrito por Redação , seguranca@verdesmares.com.br

"A violência sexual tem efeitos devastadores nas esferas física, mental e social das vítimas". O alerta da Sociedade Cearense de Ginecologia de Obstetrícia (Socego), após as denúncias de abuso sexual contra mulheres de Uruburetama, pode encontrar eco na recente rede montada para prestar acolhimento e assistência a possíveis vítimas do médico José Hilson de Paiva. A dificuldade será fazê-las revisitar uma situação constrangedora, de acordo com a secretária-executiva de Cidadania e Direitos Humanos do Ceará, Lia Gomes.

>Defesa de médico alega extinção de punibilidade com base na lei

A Secretaria de Proteção Social (SPS) cedeu duas assistentes sociais e uma psicóloga do Centro de Referência e Apoio às Vítimas de Violência (Cravv) - que atuam em casos graves, como chacinas - para desenvolver os trabalhos. "Vamos fazer esse primeiro contato para que as mulheres conheçam o rosto delas, comecem a fazer um tipo de ligação. É muito difícil reviver essa dor, que chamamos de revitimizar", afirma Lia Gomes. Entidades de defesa da mulher estiveram no Município e na cidade de Cruz, onde o médico também atuava, para apresentar a rede de apoio e localizar parcerias que possam dar apoio local, sob sua orientação. A defensora pública de segundo grau Mônica Barroso destacou que um grupo da Defensoria deve se deslocar de Fortaleza a Uruburetama, uma vez por semana, para monitorar o acolhimento das mulheres.

Segundo Lia Gomes, será investigado o estado emocional das vítimas já que, normalmente, nesses casos, pode ocorrer medicalização da depressão, perda da capacidade de trabalho, dificuldade de relacionamento com a família e o fim do casamento. Em Uruburetama, a Câmara de Vereadores se pôs à disposição para colaborar, bem como a Ordem dos Advogados do Brasil em Itapipoca.

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