Vizinho que socorreu criança de 10 anos diz que pai tentou convencer filha a voltar para casa

A menina pulou da varanda do primeiro andar da residência para fugir de uma tentativa de estupro do pai; o suspeito fugiu após o fato

Escrito por Redação ,

O vizinho da criança de 10 anos que pulou do primeiro andar de casa para fugir da tentativa de estupro do próprio pai, no bairro Granja Lisboa, afirmou que o suspeito chegou a ir até sua casa tentar convencer a filha a não chamar a polícia. “Só disse que era filha dele, que ela não fizesse aquilo, que tava prejudicando ele”, relatou o vizinho que socorreu a vítima.  

A menina pulou da varanda da residência por volta de 6h deste domingo (8). Segundo relato dela à polícia, o pai tapou sua boca e tentou estuprá-la. Ela conseguiu se desvencilhar e fugiu, pedindo ajuda na casa do vizinho. 

As primeiras informações repassadas pela polícia que atendeu o caso eram de que a criança havia pulado do segundo andar. No entanto, em nota, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) corrigiu afirmando que a queda ocorreu do primeiro andar da casa, que possui térreo e parte superior. 

Ainda de acordo com a SSPDS, o suspeito tem 34 anos e antecedentes criminais por violência doméstica, roubo e furto. Após o fato, ele fugiu.  

"A única coisa que eu fiz foi mandar ela entrar, fechei o portão. Com pouco tempo o pai dela, sei lá o que ele é dela, desce. Falou nada demais, só disse que era filha dele, que ela não fizesse aquilo, que tava prejudicando ele. Eu disse 'não, se ela tá prejudicando eu não sei, só sei que na minha casa você não entra, eu quero saber realmente o que tá acontecendo'", relatou o vizinho que socorreu a criança. 

Ainda conforme o homem, a menina apareceu no seu portão sangrando e reclamando de dores. 

"Ela entrou se rastejando no chão, sentou na cadeira. Só tava um pouco sangrando, um pouco machucada e com dor na perna, no pé", acrescentou. 

O caso foi registrado na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) e será transferido para a Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (DCECA), que ficará responsável pelas investigações.  

Segundo a SSPDS, representantes do Conselho Tutelar acompanham o ocorrido. 

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