Suspeito de matar empresário é líder de facção e estava em posse de explosivos achados no Jangurussu

Diego Cunha Ferreira foi indiciado pela execução do empresário Leonardo Alcântara e no decorrer da investigação a Polícia descobriu que ele é supostamente chefe do Comando Vermelho e detinha uma vasta carga de explosivos. A Polícia não descarta que o material seria utilizado em ações criminosas, como os ataques das últimas semanas

Escrito por Redação ,

O homem indiciado pela Polícia Civil do Ceará (PCCE) por ser o autor dos disparos que matou o empresário do ramo de telefonia Leonardo Alcantara Jordão, no dia 4 de janeiro deste ano, no bairro Guararapes, em Fortaleza, é também apontado como um dos líderes da facção criminosa Comando Vermelho (CV) e, conforme inquérito policial, estava em posse dos explosivos roubados encontrados pela Polícia no último dia 12, no Jangurussu.

Diego Cunha Ferreira foi preso no mesmo dia da morte de Leonardo e, a partir dessa prissão, a Polícia chegou as evidências de outro crime em que ele também é suspeito: o armazenamento de munição e, pelo menos, cinco toneladas de material explosivo. Há suspeita que esse material seria utilizado em ataques criminosos.

As informações divulgadas nesta quarta-feira (16), pela Polícia, dão conta que o empresário Leonardo Alcântara teria sido executado a mando de seu sócio Ricardo Rocha da Silva, de 39 anos, e de seu motorista Jefferson Souza Vieira, de 25 anos. Isto porque o sócio da vítima, Ricardo estava insatisfeito com a divisão dos lucros da empresa e o motorista, Jeferson Souza tinha dívidas com a vítima, patrão dele, no valor aproximado de R$ 40 mil. 

Ao investigar o homicídio, a Polícia Civil acabou se deparando com outra situação criminosa: Diego Cunha Ferreira, contratado por Ricardo e Jeferson para executar o empresário, além de supostamente chefiar o Comando Vermelho, no Jangurussu, estava em posse da carga roubada de explosivos que foi encontrada no último sábado (12).

Conforme o inquérito policial, após a prisão de Diego, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoas (DHPP) recebeu uma denúncias detalhadas com fotos, endereços e nome dos comparssas de Diego. 

Após as denúncias foram realizadas buscas e apreensões e os investigadores da DHPP chegaram a carga de explosivos em um galpão no Parque Betânia, no Jangurussu. O inquérito registra que Diego negou ser dono do espaço onde os explosivos estavam, mas alegou que "tomava conta do local e que foi contatado por dois indivíduos para guardar o material explosivo, recebendo a promessa que receberia 2 mil reais em troca".

O material apreendido, composto de nitrato de amônia, estava dividido em 200 sacos de 25 quilos, cada, totalizando cerca de 5 toneladas de explosivos. 

No sábado outros 5 suspeitos foram presos após terem sido supreendidos pela Polícia Civil com munições e explosivos no Jangurussu. 

Participação no homicídio
Em relação ao homicídio, quando foi preso, Diego confessou o crime e alegou que estava devendo R$ 2 mil reais ao empresário e, por isso, havia cometido o assassinato. No entanto, as investigações evidenciaram que Jeferson (o motorista) teria contato com um homem identificado como Gustavo, parceiro de Diego. Jeferson, então, teria emprestado a quantidade de 2 mil reais a Diego através de Gustavo e teria encomendado a morte do empresário à Diego. 

Dos suspeitos, conforme a Polícia, o único que não está preso é Gustavo que é a segunda pessoa que participou diretamente da execução e é comparsa de Jeferson. Ele segue sendo procurado por participação no crime. Jeferson tinha uma dívida de 40 mil reais com o empresário e a participação de Diego no homicídio começou a ser investigada, pois, ele utilizou o próprio veículo na ação do crime. 

Os assassinos do empresário ficaram parados em uma rua simulando que o carro estava quebrado. Quando o empresário passava pela via com o motorista, eles abordaram o veículo da vítima.

Ricardo, Jeferson e Diego foram indiciados por homicídio qualificado por motivo torpe e irão responder aos crimes em reclusão. 
 

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