“São vítimas que foram chacinadas numa operação aparentemente infeliz”, diz secretário de PE

Secretário de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco afirma que serão solicitados esclarecimentos à corregedoria da polícia do Ceará.

Escrito por Redação ,

O secretário de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco (PE), Pedro Eurico, solicitou agilidade na liberação das perícias dos corpos das cinco pessoas da mesma família, incluindo uma criança e um adolescente, mortas na tentativa de ataque a bancos em Milagres, no Ceará, na madrugada desta sexta-feira, 7. “São vítimas que foram chacinadas numa operação aparentemente infeliz”, disse o secretário, em nota. A família de PE seguia para Serra Talhada, em Pernambuco, quando foram feitas reféns e mortas em um tiroteio entre assaltantes e a polícia.

Eurico está intermediando o contato do Governo de Pernambuco com a secretária de Justiça e Cidadania do Ceará, Socorro França, para estabelecer ações de apoio relacionadas à ocorrência, que deixou 14 mortos.

O Secretário afirma que serão "solicitados esclarecimentos do fato, que deverá ficar sob responsabilidade da Corregedoria Geral de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará".

Uma equipe da SJDH atuará no apoio psicológico, assistencial e jurídico aos familiares das vítimas. Uma equipe do Centro Estadual de Apoio a Vítimas de Violência (Ceav) irá se deslocar para o município cearense. 

As vítimas eram o empresário João Batista de Sousa Magalhães, 46 anos, o filho Vinícius de Sousa Magalhães, 14 anos, a irmã de João Batista identificada como Cleoneide, o cunhado Cícero Bertolino e o sobrinho Gustavo. João Batista era dono de uma loja de informática em Serra Talhada (PE) e tinha saído com o filho Vinícios até o aeroporto de Juazeiro do Norte para buscar a irmã, o cunhado e o sobrinho que desembarcaram de um voo vindo de São Paulo. No caminho de volta, o carro da família teve que parar por conta de um caminhão que bloqueava a pista e foram sequestrados pelos suspeitos. 

Em um outro carro, seguiam um pai e dois filhos da cidade de Porteiras (CE) que também foram feitos reféns e Francisca S., de 49 anos, acabou sendo baleada e morta.

Buscas continuam

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará informou que o grupo fortemente armado chegou à cidade durante a madrugada e seguiu para o Centro, onde tentaram assaltar duas agências bancárias. Doze pessoas morreram, seis reféns e seis suspeitos do assalto. Houve confronto entre suspeitos e policiais de equipes do Grupo de Ações Táticas Especial (Gate), do Comando Tático Rural (Cotar), da Força Tática (FT) e do Batalhão de Divisas da PMCE e da delegacia de Brejo Santo.

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