Reconstituição do 'Caso Jamile' acontece no próximo dia 31 de outubro

A empresária cearense Jamile de Oliveira Correia morreu no dia 31 de agosto. O principal suspeito do crime é o namorado da vítima, Aldemir Pessoa Júnior

Escrito por Redação ,
Legenda: Há um mês aconteceu uma perícia, dentro do apartamento, com a participação do adolescente filho da vítima
Foto: FOTO: CAMILA LIMA

A reconstituição da cena do suposto crime que vitimou a empresária cearense Jamile de Oliveira Correia tem data para acontecer. Conforme apurado pelo Sistema Verdes Mares, as autoridades vinculadas à Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) decidiram, em reunião realizada na tarde desta terça-feira (22), que a reconstituição ocorrerá no próximo dia 31 de outubro.

Jamile foi baleada no fim da noite do dia 29 de agosto de 2019, e socorrida na madrugada do dia 30 ao Instituto Doutor José Frota (IJF). No dia 31 de agosto, exatos dois meses anteriores à data da reconstituição, ela morreu.

A empresária foi atingida com um disparo fatal enquanto estava no closet do apartamento dela. Além dela, naquele momento estavam no imóvel Aldemir Pessoa Júnior e o filho de Jamile, um adolescente de 14 anos. Aldemir passou a ser o principal suspeito pela morte de Jamile desde quando o caso foi conhecido pela Polícia Civil. 

Aldemir e o adolescente devem se reencontrar novamente no dia da reconstituição. Para a família de Jamile, o momento deve ser esclarecedor. "A família espera que seja revelado o que aconteceu lá e que seja mostrada a verdade do que realmente houve", disse Aurimar Chaves de Oliveira, irmão da empresária.

Depoimentos

Dezenas de pessoas já foram ouvidas no 2º Distrito Policial (Aldeota), delegacia responsável por investigar o caso. O filho de Jamile prestou, pelo menos, três depoimentos. No primeiro, ele teria dito às autoridades que a mãe havia cometido suicídio. Da segunda versão em diante, o adolescente informou que foi coagido por Aldemir a mentir, mas que, na verdade, ele não viu se a arma estava nas mãos da mãe ou do suspeito.

Já Aldemir disse à Polícia Civil que o menino tentava evitar o disparo quando, acidentalmente, a arma disparou. Nos laudos emitidos pela Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) não foi encontrado o DNA do adolescente. O DNA de Aldemir foi localizado na arma, o que, segundo o suspeito, já era previsto acontecer, porque o objeto pertencia a ele. Na pistola também havia o DNA da empresária, porém, apenas na ponta do cano.

A Polícia Civil remeteu o inquérito à Justiça cearense que, em contrapartida, acatou pedido do Ministério Público do Ceará (MPCE) pedindo devolução do inquérito à Polícia com a prorrogação do prazo para a conclusão do inquérito. No pedido de extensão, o MPCE considerou a necessidade da realização de mais diligências, devido ao fato ser público, notório e complexo.

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