PMs denunciados por família pela morte de Tutuba serão punidos com até 4 dias de prisão disciplinar

Ronierbson morreu aos 36 anos em novembro passado, deixando esposa, Nivanda Ribeiro, e dois filhos.

Escrito por Redação ,
Legenda: Os depoimentos dos familiares de "Tutuba" foram considerados insuficientes para confirmar a participação dos policiais no crime.
Foto: Arquivo Pessoal

Três policiais militares acusados pela família de participar da morte de Ronierbson Gomes e Silva, o mascote “Tutuba”, vão responder por conduta indevida com punição de 2 a 4 dias de prisão disciplinar. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado do Ceará na última quarta-feira (2). 

Os PMs foram punidos com 2 a 4 dias de permanência disciplinar no quartel por não terem levado Ronierbson para uma unidade hospitalar. 

“Tutuba” morreu na noite do dia 5 de novembro de 2018, quando voltava de uma comemoração do título Taça Fares Lopes. Na versão da família levada à Controladoria Geral de Disciplina (CGD), os policiais teriam arrastado Ronierbson para o interior de uma pizzaria e o espancado, depois de ele ter batido em um poste e procurado o estabelecimento para pedir ajuda. Os PMs não prestaram socorro médico e apenas levaram a vítima para casa. 

De acordo com a CGD, a decisão de absorção dos policiais aconteceu por falta de provas concretas que confirmem as acusações da família. Os familiares contaram em depoimento não terem presenciado o momento em que a vítima teria sido agredida por policiais, mas que essa informação foi contada por vizinhos no velório de Ronierbson e por funcionários do IJF.

Essas testemunhas oculares não foram localizadas para prestar esclarecimentos, segundo o CGD. A família disse ainda que, Ronierbson fazia uso de entorpecentes com certa frequência. 

Os funcionários da pizzaria relataram que a vítima chegou ao local de forma descontrolada, tentando invadir o estabelecimento. Ele gritava que alguém estava tentando matá-lo. No entanto, as testemunhas não confirmaram ter visto qualquer agressão contra a vítima.  Na autópsia foram encontrados sinais de edema e congestão pulmonar, além de cardiomegalia e infarto recente do miocárdio. 

 

 

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