PM foi ameaçado e pediu transferência por discordar de irregularidades no BPMA de Sobral

Um grupo de extorsão constituído dentro do Batalhão foi desarticulado na Operação Espanta Raposa, do Ministério Público do Ceará

Escrito por Redação ,
Legenda: Operação Espanta Raposa foi deflagrada pelo MPCE na última quinta-feira (28)
Foto: Foto: Maristela Gláucia

A investigação do Ministério Público do Ceará (MPCE) acerca do grupo de extorsão formado no Batalhão de Polícia de Meio Ambiente (BPMA) de Sobral aponta que um sargento da Polícia Militar do Ceará (PMCE) foi ameaçado por policiais corruptos, por discordar das irregularidades ocorridas dentro da Unidade.

Devido as ameças, o PM (que não será identificado pela reportagem) pediu transferência de Unidade, conforme documentos obtidos pelo Sistema Verdes Mares. A investigação do MPCE contou com informações da Coordenadoria de Inteligência Policial (CIP) da PMCE.

O grupo de extorsão contava com ao menos nove policiais militares, que foram presos preventivamente e afastados das funções na deflagração da Operação Espanta Raposa, na última quinta-feira (28). Os servidores públicos exigiam até R$ 20 mil e chegavam a ameaçar de prisão e até morte empresários da Região Norte do Estado.

Os PMs cometiam crimes de duas formas, segundo a investigação. Uma das técnicas utilizadas pela quadrilha era verificar os pedidos de regularização das atividades laborativas ou da compra de material junto à Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), antecipar-se ao órgão e fazer exigências. Os militares também abordavam caminhões com mercadorias pesadas, como madeiras, lenhas, carvão, areia e pedras, e ameaçavam os condutores de apreender os bens, com a aplicação de uma multa exorbitante, caso os mesmos não pagassem valores de R$ 2 mil a R$ 20 mil. 

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