PF desarticula grupo que comercializava madeira ilegalmente no Ceará e em outros 5 estados

A Operação KHIZI cumpre 29 mandados de busca e apreensão, 8 de prisão preventiva e 9 mandados de prisão temporária

Escrito por Redação ,
Foto: Vagner Leal do Rosário

A Superintendência da Polícia Federal (PF) no Piauí deflagrou, nesta quarta-feira (3), uma ação contra uma organização criminosa que realiza o comércio ilegal de madeira, com atuação no Ceará e em outros cinco estados. A ação, batizada Operação KHIZI, cumpre 29 mandados de busca e apreensão, 8 de prisão preventiva e 9 mandados de prisão temporária.

Os mandados são cumpridos em quatro estados: Piauí, Pará, Maranhão e Bahia. Nenhum mandado é cumprido no Ceará. A Operação conta com a participação de 125 policiais federais.

A investigação foi iniciada em 2017, quando houve a suspeita de que empresários do setor madeireiro e servidores públicos da Secretaria de Fazenda (Sefaz) daquele Estado e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) criaram uma rede para permitir o comércio e o transporte interestadual de madeira sem comprovação de origem.

O grupo também realizava o pagamento de propinas a agentes públicos. De acordo com a PF, Documentos de Origem Florestal e notas fiscais eram falsificados pela organização. Além do Ceará, o transporte e a comercialização ilícitos eram realizados na Bahia, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte e Pará.

São investigados os crimes de organização criminosa, falsidade ideológica, uso de documento falso, inserção de dados falsos em sistemas, corrupção ativa e passiva, prevaricação, facilitação ao descaminho, sonegação de tributos, informou a Polícia Federal.

O nome da Operação é em alusão ao conjunto arquitetônico situado na ilha de Khizi/Rússia, composto por três edifícios eclesiásticos construídos apenas com encaixe de toras de madeira de pinheiros, sem a necessidade de uso de pregos ou parafusos, eleito como Patrimônio Mundial da Unesco em 1990.

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