Negada pela Justiça a prisão do empresário envolvido em esquema de desvio milionário no BNB

Juiz entendeu que os fatos relacionados ao desvio milionário na instituição bancária não eram recentes

Escrito por Redação ,

Foi negado pela Justiça, nesta terça-feira (21), o pedido de prisão do empresário do ramo de móveis projetados envolvido no esquema que desviou R$ 2,4 milhões em empréstimos junto ao Banco do Nordeste do Brasil (BNB), na capital cearense.

De acordo com o delegado Cláudio Carvalho, da Delegacia de Combate à Corrupção (Delecor), o pedido foi negado porque o juiz entendeu que os fatos relacionados ao desvio milionário na instituição não eram recentes. Os contratos foram realizados entre os anos de 2010 e 2011. A empresa encerrou as atividades após a contratação dos financiamentos.

Na manhã desta terça-feira (21), o empresário disse em depoimento que em nenhum momento teve interesse em causar prejuízos ou dar calote na instituição bancária. Afirmou ainda que realizava os contratos para quitar débitos da empresa, porém não conseguiu explicar ao delegado o paradeiro dos bens que havia atrelado aos financiamentos como forma de garantia em caso de atraso ou não pagamento das parcelas.

As próximas etapas da investigação serão no sentido de descobrir o paradeiro dos bens declarados pelo empresário, como máquinas, veículos e imóveis, além de entender as dinâmicas dos financiamentos. "Estamos espalhando ofícios pedindo a indisponibilidade dos bens. Posteriormente, pediremos o bloqueio deles", afirmou o delegado.

Operação Furniture

A Operação Furniture investiga desvios de recursos oriundos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), das contas de uma empresa do ramo de móveis planejados para contas de familiares, causando um prejuízo de mais de R$ 2,4 milhões ao Banco do Nordeste (BNB). O nome da operação é uma alusão ao objeto social da empresa, que se prestava supostamente à fabricação de móveis projetados. 


 

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