MPCE oferece mais duas denúncias contra esquema criminoso na administração pública de Quixadá

O presidente da Câmara dos Vereadores e empresários foram acusados por crimes como peculato e lavagem de dinheiro

Escrito por Redação ,
Legenda: Operação do MPCE, com apoio da Polícia Civil, cumpriu mandados contra os investigados, em abril deste ano
Foto: Foto: Alex Pimentel

O Ministério Público do Ceará (MPCE) ofereceu mais duas denúncias em decorrência da Operação Casa de Palha, contra um esquema criminoso na administração pública de Quixadá, no Sertão Central do Ceará. O presidente da Câmara dos Vereadores, Francisco Ivan Benício de Sá, o 'Ivan Construções', e empresários foram acusados por crimes como peculato e lavagem de dinheiro.

As denúncias, elaboradas pela 4ª Promotoria de Justiça de Quixadá e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), foram entregues à Justiça Estadual nesta quarta-feira (19). Na primeira, os empresários Felipe Brito de Sá e Jonatas Ferreira de Lima (sócios da FJ Engenharia Assessoria e Serviços LTDA-ME) e Ricardo de Sousa Araújo (Construtora Araújo LTDA) foram acusados de fraudar uma licitação pública com o intuito de obter vantagem.

Ricardo Araújo também foi alvo da segunda peça acusatória, junto de 'Ivan Construções' e o seu filho Francisco Ivan Benício de Sá Filho. O trio foi responsabilizado pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro.

Os cinco acusados já se encontram presos preventivamente. O MPCE também solicitou à Justiça o levantamento do sigilo dos autos, inclusive dos áudios oriundos das interceptações telefônicas, e o compartilhamento da investigação com a Câmara de Vereadores de Quixadá, para apuração dos atos do presidente da Casa.

A primeira denúncia da 'Casa de Palha' foi oferecida no dia 27 de maio deste ano. 'Ivan Construções', Paula Renata Bento Bernardo (apontada como funcionária "fantasma" da Câmara), Antônio Almeida Viana (chefe de gabinete da Câmara) e Ricardo Araújo foram acusados de peculato, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Os advogados de defesa dos investigados não foram localizados pela reportagem.

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