Momento em que policial suspeito de extorsão é baleado é registrado por câmeras de segurança

Francisco Thiago foi autuado em flagrante, durante encontro com a vítima que ameaçava

Escrito por Redação ,

O momento em que Francisco Thiago Gomes da Silva, policial suspeito de extorsão, foi baleado, conseguiu ser registrado por câmeras de segurança da Rua Mário de Andrade, no Bairro Antônio Bezerra. Ele foi flagrado por agentes da Delegacia de Assuntos Internos (DAI), na última terça-feira (20), enquanto se encontrava com a vítima. 

As imagens mostram Francisco Thiago, de camisa mais clara, indo em direção à janela do passageiro de um carro. Ele fala com o ocupante e segundos depois anda no sentido da frente do veículo. Neste momento, dois agentes da DAI saem do carro logo à frente. Francisco Thiago se assusta e corre na direção contrária. Um dos policiais, então, dispara contra o suspeito, que é atingido e cai no chão. Thiago estava com uma arma de fogo nas mãos, que também caiu, alguns metros à frente. Um dos agentes consegue imobilizá-lo, enquanto o outro recupera a arma caída. 

Após a abordagem, Francisco Thiago foi encaminhado para atendimento médico no Instituto Dr. José Frota (IJF). Ele permaneceu consciente, com quadro estável e sem risco inicial de permanecer com membros inferiores imobilizados. 

Francisco Thiago é suspeito de cobrar R$ 100 mil reais a uma vítima, mediante ameaça de morte. Ele também já respondia a dois Conselhos de Disciplina referente a outros fatos, dentre eles homicídio, cujos processos se encontram na fase de instrução processual. Ele também é investigado em três Inquéritos Policiais que tramitam junto à Delegacia de Assuntos Internos, e, ainda, responde a cinco ações penais no âmbito do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE), sendo uma pelo crime de homicídio.

Crime

A suspeita sobre Francisco Thiago partiu de denúncia da vítima. Em depoimento, ela afirmou que foi abordada pelo policial e outros homens no dia 13 de agosto, quando eles a levaram para uma casa em Maracanaú. Afirmaram que eram policiais e teriam sido pagos para assassinar a vítima, mas a poupariam caso pagasse a quantia de R$ 100 mil. 

Quando liberada, a vítima procurou um amigo policial e foi orientada a denunciar à CGD. Um procedimento para apurar a queixa foi instaurado, a fim de identificar os envolvidos. 

Em 16 de agosto, a vítima recebeu novas ameaças por meio do WhatsApp. As equipes da CGD, então, tentaram flagrar os criminosos, mas não conseguiram. 

Por fim, no dia 20 de agosto, os supostos policiais marcaram encontro com a vítima para a entrega do dinheiro. A equipe da DAI esteve presente e conseguiu lavrar o flagrante de Francisco Thiago. Outros envolvidos no caso conseguiram fugir. 

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