Ministério Público do Ceará participa de operação contra lavagem de dinheiro e sonegação fiscal

A ação cumpriu 23 mandados de prisão temporária (por cinco dias) e 32 mandados de busca e apreensão em Fortaleza (CE), Balsas (MA), Riachão (MA), Araguaína (TO) e Floriano (PI). Somente no Maranhão, a quadrilha é suspeita de sonegar R$ 70 milhões

Escrito por Redação ,
Legenda: Durante o dia de ontem, 32 mandados de busca e apreensão foram cumpridos e objetos, bens e documentos apreendidos em poder dos suspeitos
Foto: Divulgação/MPMA

O Ministério Público do Maranhão deflagrou, na manhã desta quinta-feira (18), uma operação que apura a possível prática de crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal naquele Estado, no Ceará, no Piauí e no Tocantins. A operação, denomidade de "Créditos Ilusórios", foi desencadeada a partir de uma investigação do MP do Maranhão, mas contou com o auxílio do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e do Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal (Gaesf), com o apoio da Polícia Civil do Estado do Ceará.  
 
A ação policial buscou cumprir 23 mandados de prisão temporária (por cinco dias) e 32 mandados de busca e apreensão nos quatro estados, expedidos pela 1ª Vara Criminal de São Luís. Conforme a investigação, o esquema criminoso, identificado pela Secretaria de Fazenda (Sefaz) do Maranhão, consistia na utilização de empresas de fachada, e empresas fantasmas para emitir notas fiscais fictícias, movimentando, pelo menos R$ 70 milhões de reais em operações de compra e venda de grãos, objetivando gerar créditos tributários fraudulentos utilizados em operações comerciais anteriores reais. 

As ordens judiciais foram cumpridas em Fortaleza (CE), Balsas (MA), Riachão (MA), Araguaína (TO) e Floriano (PI) pela Superintendência de Prevenção e Combate à Corrupção (SECCOR) e pelo Gaeco do MP do Maranhão, com o apoio da Superintendência de Polícia Civil do Interior (SPCI), das Sefaz do Maranhão e Piauí, dos GAECOs e dos GAESFs dos MPs do Piauí e do Ceará e das  Polícias Civis do Piauí, Ceará e Tocantins. 

Além de empresas de fachada, também eram utilizadas empresas conhecidas como “fantasmas”, criadas com utilização de documentos falsos, que igualmente emitem notas fiscais frias. Dentre os maiores beneficiários do esquema, de acordo com as investigações, estão Shirlenylson Barbosa Ribeiro e Cleyton da Silva Toledo, que já presos por fatos semelhantes no Tocantins; Elton Félix Barroso de Araújo, da Máxima Corretora; Rogério de Holanda Soares, e os empresários João Miguel Geleilate, Surama Geleilate e Emílio Geleilate, das empresas Corregel Corretora  Geleilate LTDA, Geleilate Corretora de Agronegócios LTDA e  Geleilate Agronegócios e Logística LTDA, sediadas em Fortaleza.

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