Justiça decreta prisão preventiva de suspeito de matar esposa e empurrá-la de carro

Justificativa para a conversão foi a gravidade do crime de homicídio contra a vítima e o histórico de violência do suspeito.

Escrito por Redação ,
Legenda: O homem foi capturado próximo ao cruzamento das ruas Gustavo Sampaio com Raimundo Arruda, na Parquelândia
Foto: Leábem Monteiro/SVM

Suspeito de matar a esposa e e empurrá-la de um carro em movimento, Carlos Alberto Soares Capistrano, de 59 anos, teve a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva pela Justiça Estadual. O caso aconteceu no bairro Antônio Bezerra, em Fortaleza, na última terça-feira (7).

De acordo com a decião judicial, proferida na quarta-feira (9), a justificativa para a conversão foi a gravidade do crime contra a vítima, Ana Angélica Pereira Capistrano, "a qual já vinha sendo vítima de violência doméstica por parte do autuado". 

"Os autos revelam que o autuado era violento, possessivo, ciumento e agressivo, conforme narrado pela própria vítima de feminicídio na data de 12/12/2018, o que reforça a necessidade de sua prisão", acrescenta o documento.

Ana Angélica morreu após ser baleada pelo marido e empurrada para fora de um veículo em movimento. Ao ser perseguido pela Polícia Militar, Carlos Alberto tentou suicídio com um tiro e golpes de tesoura, mas não conseguiu e terminou preso. No dia da ocorrência, ele foi levado ao Instituto Doutor José Frota (IJF), mas não há informações sobre seu estado de saúde atual. A defesa do suspeito não foi localizada pela reportagem.

Histórico de violência

A vítima já havia registrado Boletim de Ocorrência (B.O.), na Delegacia de Defesa da Mulher de Fortaleza, contra o companheiro. Na ocasião, a mulher relatou que o homem a ameaçava com frequência e que, no dia anterior à denúncia, quando estava alcoolizado, afirmou que "toda a desgraça da família" seria culpa da esposa. Ele também teria chutado a porta de um quarto em que a mulher se trancou para se proteger.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), Ana Angélica não retornou à delegacia no prazo legal para dar prosseguimento à investigação, já que o crime precisa da representação da vítima.

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