Jamile já estava com a arma pronta para se matar, dizem advogados de suspeito da morte da empresária

A investigação sobre a origem do disparo que culminou na morte da empresária Jamile de Oliveira Correia ainda está entre o suicídio e o feminicídio

Escrito por Redação ,
Legenda: Jamile de Oliveira e Aldemir Pessoa Júnior namoravam há cerca de cinco meses. Os dois estavam morando juntos

Os advogados de Aldemir Pessoa Júnior, suspeito de matar a empresária Jamile de Oliveira Correia, falaram pela primeira vez sobre a versão do homem. De acordo com Aldemir, Jamile se trancou no closet do apartamento e, quando ele conseguiu arrombar a porta do cômodo, já encontrou a namorada com a arma na mão dizendo que ía se matar. Também afirmou que não conseguiu evitar que ela disparasse contra si própria. 

A morte de Jamile ainda é envolta em mistérios. A primeira versão tratava de uma tentativa de suicídio, mas imagens de segurança que mostram discussão entre ela e o namorado, Aldemir Pessoa Júnior, momentos antes do disparo, levantam a suspeita de feminicídio. 

Ainda conforme os advogados, os machucados no rosto de Jamile verificados na noite do fato foram causados acidentalmente. Imagens obtidas a partir de câmeras de segurança mostram cenas que parecem de agressões momentos antes do tiro. "Foi nos relatado pelo Aldemir que momentos antes ele tinha parado num posto de gasolina, e antes, nesse caminho ela tinha tentado descer do carro. Ele teria pego e teria puxado e a porta teria batido no rosto dela", coloca a defesa.

As imagens também captam uma movimentação dentro do carro onde os dois estavam, em que Aldemir parece dar um soco em Jamile. "O que ele nos relatou foi que ele estava tentando fazer algum gesto para ver aquela pancada que teria sido na porta do carro, no rosto dela", dizem os advogados.

Interesse no patrimônio

Uma das supostas motivações pelas quais se suspeita que Aldemir tenha matado Jamile seria um interesse no patrimônio financeiro da empresária. Sobre essa questão, os advogados colocam que Aldemir não tem direito a nenhum bem, nem administra a renda de Jamile. 

Desde o caso do tiro, ele não mora mais no apartamento dela e só não entregou as chaves até o momento porque no local ainda há objetos pessoais dele. 

Os dois carros pertencentes a Jamile estão no escritório dos advogados, à disposição da família. Além disso, os advogados colocam que Aldemir não utilizou o celular da empresária quando ela ainda estava no hospital. Contudo, ele voltou ao apartamento e limpou o recinto onde o tiro foi disparado. 

"Ele achava que aquilo ia passar, vamos dizer, quase que despercebido, ela seria socorrida, se salvaria, tava tudo certo, voltaria. Ele teve aquela esperança de não alardear, vamos dizer assim. Realmente ele limpou alguma coisa que tinha no chão. No outro dia parece que ele disse para a empregada limpar alguma coisa que tinha ficado, algum resquício, e pediu para que ela não mencionasse a ninguém, não falasse nada porque ele não estava pensando que ela fosse falecer e jamais imaginaria que pudesse acontecer o que aconteceu", diz a defesa.

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