Homem que matou ex-companheira tem prisão em flagrante convertida em preventiva

Segundo o juiz, o suspeito tem histórico de conduta violenta com a vítima anterior ao crime

Escrito por Redação ,
Legenda: Assassino invadiu local de trabalho da vítima e disparou vários tiros para cometer o crime
Foto: Foto: Paulo Sadat

Preso por matar a ex-companheira, Isac Ângelo dos Santos Filho, de 34 anos, teve a prisão em flagrante convertida por prisão preventiva, por decisão da 17ª Vara Criminal - Vara de de Audiências de Custódia, nesta quarta-feira (3). Emanuelly Vasconcelos Sampaio, 31, foi assassinada no último sábado (30).

O juiz Cláudio Augusto Marques de Sales justificou que a materialidade do feminicídio ficou evidenciada com a apreensão do revólver calibre 38 utilizado no crime e nos depoimentos dos policiais militares que realizaram a prisão e das testemunhas, colhidos pela Polícia Civil.

A decisão acrescentou que o suspeito tem histórico de conduta violenta com a vítima anterior ao crime, já que as testemunhas relataram que Emanuelly Sampaio sofria ameaças e agressões físicas e psicológicas de Isac Ângelo, nos últimos anos.

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"Convém destacar que a prova carreada aos autos revela que o flagranteado agiu de forma premeditada, o que demonstra maior grau de periculosidade, pois anunciou, de forma antecipada, que iria por fim a vida da vítima naquela dia, consoante relato das testemunhas ouvidas neste procedimento, que afirmaram que a vítima teria sido informada que ele estava indo ao seu local trabalhando com a intenção de matá-la, o que efetivamente ocorreu", concluiu o juiz.

Emanuelly foi morta a tiros no local de trabalho, em um prédio de um curso profissionalizante, no bairro Henrique Jorge, em Fortaleza, na manhã de sábado (30). Cinco minutos após o crime, a Polícia Militar chegou ao local e realizou a detenção do ex-companheiro da vítima.

Preso denuncia PMs por agressão

Durante a audiência de custódia, Isac Ângelo afirmou ao juiz da 17ª Vara Criminal que foi agredidos pelos policiais militares que atenderam à ocorrência. O magistrado, então, determinou que o preso seja imediatamente submetido a exame de corpo de delito e que o resultado seja encaminhado ao Ministério Público do Ceará (MPCE), "para adoção das providências que entender cabíveis".

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