Homem é condenado a 101 anos de prisão pela morte de cinco pessoas em assalto a banco em 2008

O crime ocorreu em fevereiro de 2008, no município de Aracoiaba; três policiais, dois reféns e um dos assaltantes morreram no local

Escrito por Redação ,

Após 11 anos de um roubo a banco em Aracoiaba, no norte cearense, que acabou com 6 mortos, um dos integrantes da quadrilha responsável pelo crime foi condenado a 101 anos de prisão. Ele está preso desde 2008. Pelo menos três criminosos participaram do delito. 

A sentença foi proferida na última terça-feira (2), pela juíza Cynthia Pereira Petri Feitosa, da Comarca de Aracoiaba. Francisco Bentis Ferreira de Oliveira é acusado de participar do assassinato de cinco pessoas, sendo três policiais e dois reféns, durante um assalto a banco no dia 8 de fevereiro de 2008, em Aracoiaba. Além disso, aproximadamente R$ 26 mil foram roubados. 

A sexta vítima do assalto foi um dos criminosos, identificado como Francisco Naildo Lima Alves, de alcunha "Bobi". Ele foi morto durante confronto com os policiais. 

Pouco tempo depois do crime, o terceiro integrante, identificado como Aristotenes Nobre Maia, vulgo "Toti", foi localizado no distrito de Pedra Branca, em Aracoiaba, e morto durante confronto com policiais. Já Bentis foi capturado pela própria população, em uma zona de mata no município de Capistrano, e entregue à Polícia Militar. 

Em interrogatório, ele confessou o crime com riqueza de detalhes, embora tenha tentado responsabilizar um dos assaltantes falecidos pelas mortes dos PMs. Francisco Bentis foi condenado por latrocínio, lesão corporal e roubo

Relembre o caso 

No dia 8 de fevereiro de 2008, um grupo armado invadiu uma agência bancária no Centro de Aracoiaba e rendeu funcionários e clientes. Enquanto a quadrilha assaltava os caixas eletrônicos, um funcionário da agência conseguiu ligar para a polícia sem ser notado pelos criminosos.  

Quatro policiais do Destacamento do município foram até o local para verificar a ocorrência, e entraram em confronto com o grupo. 

Cercados, Francisco Bentis, Aristotenes Nobre e Francisco Naildo tentaram fugir, mas um deles foi atingido pelos policiais. Francisco Naildo morreu no local. 

Bentis e Aristotenes voltaram para agência e fizeram dois clientes reféns. Eles saíram do local atirando contra os PMs, utilizando os populares como escudo humano.  

Os reféns conseguiram fugir e, nesse momento, Bentis conseguiu atingir três policiais, dos quatros que o cercavam. No entanto, ao avistarem os PMs caídos, os clientes tentaram socorrê-los, mas foram assassinados por Aristotenes. 

Após executar os dois reféns, Aristotenes deu um "tiro de misericórdia" na cabeça de cada um dos policiais. O Subtenente Francisco Wagner Gomes Timóteo, o soldado Júlio Gibran Pereira e o cabo José Tadeu Guimarães morreram no local. Os assaltantes fugiram.

Dias depois, Aristotenes Nobre foi morto em confronto com PMs, enquanto Francisco Bentis foi preso. 

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