'É muito triste, queremos entender o que aconteceu', diz familiar de 5 vítimas mortas em Milagres

Familiares pedem respostas da polícia cearense sobre o caso

Escrito por Redação ,

A tia de Claudineide Campos de Souza Santos, de 41 anos, uma das seis reféns mortas durante uma tentativa de roubo a duas agências bancárias no município de Milagres, na Região do Cariri, afirmou que é uma tragédia muito grande a forma como foi a perda da sobrinha e dos outros familiares. Quatro outros reféns também eram da mesma família. 

"A gente perder um ente da família já é difícil, imagina cinco e de uma forma tão trágica. Você já imaginou a gente esperar uma pessoa, na quarta-feira (12) a Claudineide ia fazer aniversário, e de repente chegar nessa situação, sem dever, porque é uma morte que ninguém entende, como foram parar naquela hora lá, como foi feito uma tragédia dessa",  afirmou Gorete Alves.

A tragédia teve início por volta das 2h30, quando uma quadrilha armada e com reféns, prestes a atacar as agências bancárias na sexta-feira (7), foi surpreendida pela polícia. O empresário paulista João Batista Campos Magalhães, 49, tinha ido junto do filho Vinícius de Souza Magalhães, 14, buscar a cunhada Claudineide, o marido dela Cícero Tenório dos Santos, 60, e o filho do casal Gustavo Tenório dos Santos, 13, no Aeroporto de Juazeiro do Norte em direção a Serra Talhada, cidade no Interior de Pernambuco. No caminho, a família teve que parar o carro na BR-116 diante de um bloqueio na estrada feito pelos assaltantes e foi feita refém.

Além dos cinco familiares, mais nove pessoas morreram, sendo mais uma refém e oito suspeitos de participação na quadrilha. 

Para Gorete, os familiares ainda esperam receber da polícia cearense respostas do caso. "A gente quer que a polícia dê alguma resposta, principalmente a polícia cearense, pelo fato ter ocorrido lá.  A gente queria ter uma explicação de tudo isso porque a família espera, acho mais do que justo darem uma explicação. Como é que matam tantas pessoas inocentes? É muito triste, queremos entender o que aconteceu, porque isso foi uma tragédia, é difícil até de falar", complementa. 

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