Dona de bar reclama de truculência de PMs, guardas municipais e fiscais da Prefeitura em abordagem

A ação foi filmada por populares que estavam no bar. Um agente de segurança empurra um homem, enquanto outro efetua um disparo

Escrito por Redação ,

A dona de um bar, localizado na Rua José Tupinambá, no bairro Álvaro Wayne, em Fortaleza, afirma que a Polícia Militar do Ceará (PMCE), a Guarda Municipal de Fortaleza (GMF) e a Agência de Fiscalização de Fortaleza (Agefis) realizaram uma abordagem "truculenta", na noite do último domingo (8).

A ação foi filmada por populares que estavam no bar. As imagens, obtidas pelo Sistema Verdes Mares, mostram os agentes de segurança discutindo com clientes; um deles empurra um homem, enquanto outro efetua um disparo. Enquanto isso, os fiscais da Prefeitura de Fortaleza retiraram cadeiras e mesas da calçada.

A proprietária do estabelecimento afirmou que os agentes de segurança mostraram "despreparo" e que trataram funcionários e clientes como "bandidos". "Os fiscais chegaram ao local acompanhados de forte aparato policial. Cerca de dez policiais chegaram no estabelecimento em horário de grande movimento, perto de 22h30, empunhando armas apontadas para os clientes do estabelecimento, tudo para apoiar a ação de fiscais da Prefeitura", conta a proprietária do estabelecimento.

Agefis multou bar e diz que agentes de segurança precisaram 'agir reativamente'

A Agefis confirmou, em nota, que fiscalizou o bar "após a população denunciar o local por poluição sonora e obstrução da calçada com mesas e cadeiras". "Por ser reincidente, o estabelecimento foi multado em R$ 2.207,47 e as mesas e cadeiras foram apreendidas. O Código de Obras e Posturas do Município (Lei nº 5.530/81) considera infração o ato de "Embaraçar ou impedir por qualquer meio, o livre trânsito de pedestres ou veículos nos logradouros públicos". A prática é passível de multa que varia de R$ 86,57 a R$ 4.328,50, dependendo da gravidade e da reincidência", explica o órgão.

De acordo com a Agefis, a Guarda Municipal e a Polícia Militar, através do Batalhão de Polícia de Meio Ambiente (BPMA), colaboraram com a fiscalização. "Durante a operação, houve um princípio de tumulto, onde clientes e o dono do estabelecimento agrediram um dos agentes da equipe e, nesse momento, a GMF precisou agir reativamente para preservar os servidores municipais e dispersar o tumulto", rebate.

Em nota, a PM informou que o Batalhão de Polícia de Meio Ambiente (BPMA) tem ação fiscalizatória juntamente com a Agefis. A corporação, entretanto, ressaltou que "não confirma a autoria dos disparos efetuados na ação e que o BPMA não possui nenhuma gerência na ação de outros órgãos".

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