Criminosos usam WhatsApp em golpe de transferências bancárias; Polícia faz alerta

Transferências, depósitos e pagamentos são as abordagens mais comuns feitas pelos golpistas, afirma a Polícia Civil do Estado do Ceará.

Escrito por Redação ,

Golpes que falsificam perfis no aplicativo de mensagens WhatsApp e solicitam transferências bancárias a contatos de usuários se tornaram comuns entre estelionatários. Uma cearense, que teve R$ 250 furtados por meio de um depósito, é uma dessas vítimas. A Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) alerta a população sobre o aumento de casos. 

A vítima conta que o golpe aconteceu na última quarta-feira (4), enquanto estava no trabalho. Por mensagem, uma colega pediu a transferência para a conta de um dos seus clientes, já que a dela não estava funcionando. “Eu estava falando com ela pelo WhatsApp, quando ela me pediu para depositar uma quantia em dinheiro na conta”, disse. 

Ela afirma que, ao fazer a transferência, ligou para a amiga, que alegou não ter solicitado o depósito e que o aparelho celular dela havia sido hackeado. “Minha colega disse que o hackeamento aconteceu após ela entrar em um site de compras”.   

Cuidado com dados pessoais 

De acordo com o delegado Eduardo Tomé, da Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF), em Fortaleza, os golpes são realizados a partir da disponibilização de dados pessoais em falsos cadastros de empresas bancárias e comerciais que entram contato com as vítimas.

“Eles se aproveitam da boa fé das pessoas ao mandar um link para pedir atualizações de segurança, alegando que não utilizarão as informações pessoais do usuário. Porém, ao clicar no site e preencher o login, com uma senha disponibilizada pelo estelionatário, automaticamente o WhatsApp é clonado", pontua.

O delegado diz que os estelionatários montam um perfil falso das vítimas que tiveram o aplicativo de mensagens fraudado. “O golpista passa a entrar em contato com a rede de relacionamentos do usuário para que sejam feitos pagamentos, transferências ou depósitos, dizendo que está com um problema na conta”. 

Outras vítimas

A vítima disse que teve colegas de trabalho que também foram alvo da fraude e que o golpista teria informado que é detento em de uma penitenciária do Ceará, chegando a ameaçá-la. “Quando cheguei em casa, já ciente do que tinha acontecido, o meu marido entrou em contato com o golpista, que logo propôs ao meu esposo uma negociação, afirmando que havia coisas em meu celular que poderiam interessar a ele. Ele tentou nos extorquir”. 

O delegado da DDF instrui a população para que tenha cautela ao disponibilizar dados e, também, ao fazer transferências. “É importante ressaltar que, antes de fazer qualquer depósito ou pagamento, deva ser feito o contato com quem pediu aquela quantia de dinheiro. Pois você pode pensar que está falando com o seu amigo, mas está falando com um estelionatário”. 

Segundo Tomé, as festas de fim de ano e o recebimento do 13º salário intensificam a ocorrência de golpes. As delegacias distritais e a Delegacia de Defraudações e Falsificações realizam investigações com o objetivo de combater esses crimes e salientam a importância de registrar os casos na delegacia.
 

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