Crimes violentos caem quase 40% em Fortaleza, mas sobem na RMF e Interior

Na Capital cearense, foram registrados 505 homicídios, lesões corporais seguidas de morte e latrocínios neste ano, ante 836 no mesmo período de 2015

Escrito por Áquila Leite ,

O número de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) apresentou redução significativa em Fortaleza no primeiro semestre deste ano, informou nesta quarta-feira (6) um relatório da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) do Estado do Ceará. De janeiro a junho último, foram registrados 505 homicídios, lesões corporais seguidas de morte e latrocínios na cidade, um recuo de 39,6% ante os 836 casos dos seis primeiros meses de 2015. Apesar da queda na Capital cearense, houve aumento de 11,2% nos CVLIs dos municípios da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), que subiram de 393 para 437 casos no mesmo período.

O relatório também apontou crescimento dos casos de CVLIs no Interior do Estado. No primeiro semestre, por exemplo, o Interior Norte apresentou 336 casos, ante 328 no mesmo período de 2015 (alta de 2,4%). O Interior Sul, por sua vez, registrou 468 crimes do tipo nos seis primeiros meses de 2016, um avanço de 1,7% na comparação com o ano passado. Um dos exemplos da violência crescente nas cidades interioranas foi a morte de três policiais militares no último dia 30 de junho, após confronto armado em Quixadá. Nesta terça-feira (5), dois suspeitos do crime foram presos e outro acabou morto pela polícia.

No geral, o Ceará registrou 1.746 casos de homicídios, lesões corporais seguidas de morte e latrocínios no primeiro semestre deste ano, um recuo de 13,4% ante os 2.017 CVLIs ocorridos no mesmo período de 2015. Em números reais, foram 271 mortes a menos no Estado.

10 meses de redução

Conforme a SSPDS, há dez meses seguidos o Ceará vem registrando redução no número de CVLIs. Em junho, por exemplo, houve queda de 11% nos casos do tipo no Estado, o melhor resultado desde fevereiro de 2012. Segundo o relatório apresentado nesta quarta, o índice é quase o dobro da meta estabelecida pelo Programa em Defesa da Vida, que é de 6%.

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