Corpo é encontrado enterrado em condomínio usado como 'tribunal do crime' em Horizonte

A principal suspeita é de que a vítima seja um mototaxista que morava no local, e estava desaparecido desde outubro do ano passado.

Escrito por Redação ,

O corpo de um homem foi encontrado enterrado no condomínio José Lino da Silveira, no bairro Planalto Horizonte, Região Metropolitana de Fortaleza, local conhecido como “Carandiru” e usado como “tribunal do crime” por membros da facção criminosa GDE. Um dos 12 suspeitos capturados no condomínio, durante operação policial nesta quinta-feira (7), confessou autoria do crime e indicou o local onde estava o corpo. 

A principal suspeita é de que a vítima seja um mototaxista que morava no local, e estava desaparecido desde outubro do ano passado. Ele era usuário de drogas e realizava entrega de entorpecentes a mando da facção dominante, segundo delegado titular de Horizonte, responsável pela investigação do caso, Ed Carlos Sousa Lima. O cadáver foi encontrado em uma profundidade de 1,5 metro, no entorno do condomínio. 

As investigações também apontam que a vítima estaria fazendo entrega de drogas para outra facção, e por isso teria sido julgada e morta pelos criminosos no Carandiru. 

O adolescente que confessou o crime tem 17 anos e deve ficar sob poder da Justiça por dois anos, em regime de internação, segundo o delegado. 

Legenda: Adolescente capturado em condomínio usado como 'tribunal do crime' indica local de cadáver
Foto: Foto: Polícia civil

'Tribunal do crime'

Durante a operação realizada nesta quinta, um agente penitenciário, identificado como Paulo Rodrigues da Silva, foi detido em um dos apartamentos do condomínio. 

"A participação dele vai ser apurada no final do procedimento. Hoje adianto que ele foi pegue com arma de uso restrito, celulares, chips e uma quantidade de entorpecentes", disse o Delegado Titular de Horizonte, Ed Carlos Sousa Lima. O agente penitenciário foi transferido para a Delegacia de Assuntos Internos.

 O condomínio era usado pelas lideranças da facção para fazer julgamentos, torturas e execução de vítimas. A Delegacia de Horizonte conseguiu um mandado coletivo de busca e apreensão para mais de 900 apartamentos. Ao todo, 12 pessoas foram capturadas, sendo oito por envolvimento com facção e quatro por crimes ambientais, entre elas adolescentes.

A polícia civil iniciou a operação após receber informação de que os criminosos estavam se preparando para iniciar um ataque no Fórum da cidade. 

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