Comitiva de órgãos de defesa da mulher vai a Uruburetama atender vítimas de abusos sexuais

Representantes da Defensoria Pública, Ministério Público e OAB, dentre outros, vão ao município para identificar as demandas emergenciais a serem ser assumidas por cada instituição no atual momento

Escrito por Redação ,
Legenda: A Câmara Municipal de Uruburetama será o ponto de encontro da Comitiva
Foto: Foto: JL Rosa

Uma comitiva formada por representantes de instituições integrantes da rede de enfrentamento à violência contra as mulheres no Ceará, irá, nesta quarta-feira (17), a Uruburetama para prestar atendimento às vítimas que sofreram abusos sexuais. A comitiva contará com integrantes da Defensoria Pública do Estado do Ceará, do Ministério Público, de Secretarias Estaduais, da Assembleia Legislativa, da Ordem dos Advogados do Brasil e representantes do movimento de mulheres. 

A Comitiva visitará a delegacia, a promotoria de justiça e o Fórum da cidade, localizada a 109 km de Fortaleza. O grupo de profissinais irá tentar auxiliar na apuração dos fatos denunciados contra o médico e prefeito afastado da cidade, José Hilson de Paiva, suspeito de cometer abusos sexuais contra pacientes enquanto exercia a função de médico.

A Câmara Municipal de Uruburetama será o ponto de encontro, às 10 horas da manhã. Segundo a Defensoria Pública, a comitiva busca contactar os atores políticos e os movimentos sociais da cidade para que sejam identificadas as demandas emergenciais a serem ser assumidas por cada instituição.

Uruburetama não possui defensor público titular. Por isso, posteriormente, a Defensoria fará uma atuação extraordinária na cidade para montar uma rede de atendimento sistêmico às mulheres vítimas da violência. A proposta é que a instituição disponibilize atendimento, a defesa gratuita e o amparo jurídico necessário no decorrer da apuração das denúncias.  

A defensora pública e supervisora do Núcleo de Enfrentamento à Violência contra a Mulher, Jeriza Braga, disse que a Defensoria está "tomando pé da situação" e busca ampliar a rede de garantia dos direitos das mulheres no município.

"A mulher, quando vítima de violência, não tem a mesma paridade de armas e precisa de um olhar diferenciado de todas as instituições”. 

Segundo a presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB Ceará,  Christiane Leitão, as denuncias são gravíssimas e precisam ser apuradas com o todo o rigor. “A OAB vai integrar e reforçar os mecanismos de defesa das mulheres, que se formará através dessas instituições para, em especial, atender a essa situação nunca antes vista no Estado do Ceará”. 

A Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS) informa que assistentes sociais e psicólogas do Centro de Referência de Apoio às Vítimas de Violência (CRAVV) tentarão contato com algumas mulheres que sofreram abuso e já identificadas. A Ouvidoria Estadual de Direitos Humanos estará à disposição para atender mulheres que não saibam a quem recorrer ou que medidas tomar.

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