Casal preso por estelionato é suspeito de torturar filhos e negligenciar idoso, em Fortaleza

No momento da prisão por estelionato, quatro crianças foram encontradas em situação de maus-tratos, o que motivou a investigação pelos outros crimes.

Escrito por Redação ,

Uma investigação sobre crimes de estelionato em Monsenhor Tabosa, no sertão central, levou à prisão de um casal em Fortaleza, também suspeito de cometer outras infrações como tortura aos próprios filhos, estupro de vulnerável e crime contra a pessoa idosa, em outros municípios brasileiros. 

Segundo a Polícia Civil, no momento em que se cumpria um mandado de prisão contra o homem de 32 anos e natural de Carapicuíba (SP) e a mulher cearense de 33 anos, quatro crianças foram encontradas com eles em situação de maus-tratos. A ação aconteceu na sexta-feira (23). 

Dois dos menores eram filhos do casal, enquanto os outros dois eram filhos somente da mulher. Eles costumavam ser trancados em um cômodo da casa por 24 horas, sem direito a sair, como forma de serem disciplinados, conforme o depoimento da dupla. Além disso, uma das meninas, que hoje tem dez anos, teria sido abusada pelo suspeito desde os oito anos. 

Um quinto filho da mulher presa, atualmente com 15 anos, também teria passado por tortura quando a família morava no Rio de Janeiro. Aos 13 anos, o adolescente pediu abrigo à avó e hoje mora com ela no Paraná, conforme informações repassadas pela Polícia Civil deste estado. 

Uma outra infração cometida pela dupla seria a apropriação do benefício do pai da mulher presa, um idoso de 79 anos, sem utilizar em favor da vítima e deixando-a sem alimentação e cuidados básicos. 

"Nossa investigações prosseguem no sentido de colher mais elementos de autoria e materialidade a fim de comprovar os crimes de tortura praticados contra os menores, além do crime de estupro de vulnerável, também investigado", conta o delegado Luiz Arthur, titular da Delegacia Municipal de Monsenhor Tabosa. 

As investigações partiram da suspeita de estelionato cometido por ambos e iniciaram em maio de 2019. O casal enganou 19 comerciantes de Monsenhor Tabosa, adquirindo móveis e eletrodomésticos sem fazer o pagamento. 

 

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