Auditor fiscal presta depoimento contra iraniano

Escrito por Redação Web ,

O auditor fiscal que foi vítima de tentativa de homicídio por parte do iraniano Farhad Marvizi prestou depoimento durante a manhã desta terça-feira (23). O julgamento ocorre quatro anos após o atentado, no 5º andar do prédio da Justiça Federal.

José de Jesus Ferreira auditor fiscal, vítima de tentativa de homicídio pelo iraniano Farhad Manvisi, consegue levar iraniano a julgamento. FOTO: Edilene Vasconcellos.

O réu chegou antes de começar o julgamento. Estavam presentes no local o Sindicato dos Auditores Fiscais do Ceará (Sindifisco), o presidente nacional do Sindicato dos Auditores e famílias de auditores fiscais que foram vítimas do iraniano.

A vítima da tentativa de homicídio, o auditor fiscal José de Jesus Ferreira, disse que o embaixador do Irã procurou o senador Magno Malta para que o parlamentar intercedesse junto ao Ministério da Justiça para que o iraniano ficasse em prisão domiciliar alegando que o acusado estaria doente
 
Ele afirma que o iraniano é envolvido com casos de pedofilia e que a Justiça do Irã deve se unir à brasileira para tratar dos crimes que o iraniano cometeu. A vítima mostrou-se indignada, e disse que quer que o senador Magno Malta "venha ao Ceará para saber realmente quem é Farhad Marvizi".

O auditor fiscal informou que vive em uma prisão domiciliar e é cercado de seguranças 24 horas. Após os quatro anos, ele ainda está em tratamento. O plano de saúde não cobre todas as despesas, e parte é paga pelo sindicato dos auditores fiscais.

Caso

O iraniano está preso desde agosto de 2010, quando a Polícia Federal deflagrou a operação "Canal Vermelho", que resultou na prisão de  Marvizi e de outros acusados de ter envolvimento com a quadrilha.

O iraniano é empresário do ramo de importados e equipamentos de áudio e vídeo e teria contratado pistoleiros para matar o auditor. Além da tentativa de homicídio, Marvizi é acusado de envolvimento em outros crimes, como assassinato, evasão de divisas, contrabando, sonegação fiscal, formação de quadrilha ou bando e enriquecimento ilícito.

Com informações do repórter Fernando Barbosa

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