Atual prefeito de Granjeiro e o pai são suspeitos da morte do antecessor, no interior do Ceará

A Polícia chegou a pedir a prisão dos dois suspeitos, mas o pedido foi indeferido pela Justiça. Uma terceira pessoa, que teria executado João Gregório Neto, é considerado foragido

Escrito por Redação ,
Legenda: Prefeito de Granjeiro, João Gregório Neto.
Foto: Divulgação/Prefeitura de Granjeiro

A Polícia Civil do Ceará pediu a prisão do atual prefeito de Granjeiro, Ticiano Tomé, e do pai dele, Vicente Félix de Souza (conhecido como Vicente Tomé), de 60 anos, por suspeita de envolvimento no assassinato do gestor antecessor, João Gregório Neto - mais conhecido como João do Povo, de 54 anos - morto a tiros na véspera de Natal, no dia 24 de dezembro.

O então prefeito estava caminhando próximo à parede do Açude Junco, quando foi atingido por tiros. A Justiça, contudo, indeferiu os pedidos, conforme informou o secretário da Segurança Pública, André Costa, durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (9). Foi determinado, entretanto, que Vicente Félix utilize tornozeleira eletrônica e mantenha-se em área restrita de monitoramento.

Legenda: Ticiano Tomé é filho do ex-prefeito de Granjeiro, Vicente Tomé, que esteve a frente da Prefeitura em três gestões

O prefeito assassinado e o atual prefeito, que assumiu a gestão no município no dia 27 de dezembro, estavam rompidos politicamente há mais de 8 meses, após o grupo de Vicente Tomé, pai de Ticiano Tomé, fazer denúncias contra João do Povo. 

Um outro pedido de prisão foi deferido, referente ao possível executor de João Gregório. O suspeito encontra-se foragido. 

Veículo apreendido

Conforme a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), a polícia conseguiu reunir provas que indicam que o crime teve relação à desavença política entre a vítima e outros políticos. Durante as investigações, feitas pelo Departamento de Polícia Judiciária do Interior Sul (DPJI Sul), um veículo modelo Chevrolet S10, de propriedade de um parente de Vicente Félix, documentos e aparelhos celulares foram apreendidos na casa do atual prefeito e do pai, que moram juntos. A caminhonete em questão foi utilizada para dar apoio ao crime.

O Diário do Nordeste procurou o prefeito Ticiano Tomé e o pai dele, Vicente Félix, mas as ligações não foram atendidas. 

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