‘A gente não podia ficar em silêncio’, diz defensora de comitiva de atenção a vítimas de Uruburetama

Uma comitiva com representantes de entidades de defesa das mulheres foi até Uruburetama atender as vítimas de José Hilson Paiva nesta quarta

Escrito por Redação ,
Legenda: Comitiva se reúne em Uruburetama para atender vítimas de José Hilson Paiva
Foto: Foto: Kid Junior

A comitiva formada por representantes de instituições integrantes da rede de enfrentamento à violência contra as mulheres no Ceará chegou a Uruburetama na manhã desta quarta-feira (17) para começar a montar a força-tarefa que vai atender as vítimas do médico e prefeito afastado da cidade, José Hilson Paiva. O grupo integra representantes da Defensoria Pública do Estado do Ceará, do Ministério Público, de Secretarias Estaduais, da Assembleia Legislativa, da Ordem dos Advogados do Brasil e de movimentos de defesa das mulheres. 

“A gente não podia ficar inerte, em silêncio, ante essas denúncias. A gente tá aqui é pra dizer que nós queremos cuidar dessas mulheres. Vamos nos disponibilizar, vir de Fortaleza pra cá pra cuidar dessas pessoas, mas nós temos que saber também o que é que efetivamente aconteceu. Vamos ficar atentas e exigir que as coisas aconteçam num tempo razoável”, destacou a defensora pública de segundo grau, Mônica Barroso. 

São profissionais especializados em casos graves de violência, como chacinas, de acordo com a secretária executiva de Cidadania e Direitos Humanos do Governo do Estado, Lia Gomes. 

Legenda: Comitiva de defesa das mulheres vai a Uruburetama montar força-tarefa
Foto: Foto: Kid Junior

O grupo visitou a delegacia e o Fórum de Uruburetama, e deve seguir para o município de Cruz ainda nesta quarta, onde também há relatos de vítimas de Hilson. 

“Num município pequeno como esse, sabemos o quão pesada essa situação é, mas as mulheres daqui precisam saber que não estão sozinhas”, reforçou Mônica Barroso. 

A secretária executiva de Políticas Públicas para Mulheres no Ceará, Denise Aguiar, indica que o primeiro momento é de avaliação e contextualização dos acontecimentos. “Precisamos estar perto das pessoas para construir políticas eficientes e necessárias para que casos dessa natureza não se repitam nunca mais no Estado do Ceará”, reforçou. 

“Vai ser criada uma rede de proteção, que vai ser delineada ainda, uma equipe multidisciplinar. A Ordem também vai trabalhar nessa ponte, fazendo toda a orientação e, ao final, a Defensoria Pública vai atuar”, completou Cristiane Leitão, representante da OAB do Ceará. 

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