Nove homens presos quando tentavam assaltar uma empresa

O grupo era composto por, pelo menos, 15 integrantes. Na ocasião, seis deles conseguiram fugir. Dois criminosos e um policial federal foram atingidos por disparos de arma de fogo durante a ofensiva, mas não correm risco de morrer

Escrito por Redação ,
Legenda: Logo após a prisão, a quadrilha foi encaminhada para a Superintendência da Policia Federal, no bairro de Fátima, em Fortaleza
Foto: FOTO:JL ROSA

Nove homens foram presos em flagrante suspeitos de tentarem realizar um assalto a uma instituição financeira, na madrugada da última terça-feira (23), na Avenida Pessoa Anta, situada no bairro Praia de Iracema. O bando vinha sendo investigado por conta de outras atuações criminosas. De acordo com a Polícia Federal (PF), o grupo objetivava levar R$ 30 milhões da empresa, que seriam divididos entre os 15 envolvidos. Seis deles conseguiram fugir. Na ocasião, dois suspeitos foram baleados no confronto policial.

Um agente de segurança também foi alvejado pelos disparos. Fábio da Silva de Sousa, 33, conhecido como "Paulista"; e Clemilson Ferreira da Silva, 38, ou "Baiano", foram levados ao Instituto Doutor José Frota (IJF). O servidor foi medicado e passa bem. Os outros homens não correm risco de morte.

Segundo a PF, o grupo foi capturado por volta de meia-noite, quando 15 homens chegaram ao local em cinco automóveis e em uma motocicleta, no intuito de realizar um assalto no imóvel. Três deles tinham placas clonadas. A PF acredita que estes tenham sido furtados ou roubados. Todos os veículos serão periciados. Não houve apreensão de armas de fogo.

Logo após a prisão, a quadrilha foi encaminhada para a Superintendência da Policia Federal, onde foi realizado um interrogatório aos suspeitos. Durante a oitiva, alguns confessaram que a intenção deles era assaltar a transportadora de valores.

Equipes do Batalhão de Ronda e Ações Intensivas e Ostensivas (BPRaio), do Comando Tático Motorizado (Cotam), da Coordenadoria de Inteligência (Coin), do Comando de Operações Táticas (COT) e do Grupo de Pronta Intervenção (GPI) da PF trabalharam na ação para frustrar o que os criminosos haviam planejado. A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) também deu apoio à ocorrência.

Na abordagem aos suspeitos, alguns deles chegaram a apresentar documentos falsos aos servidores. Todos serão periciados. A PF afirmou que existe a informação de que alguns dos presos fazem parte de uma organização criminosa. Entretanto, ainda não há confirmação, porque a investigação está em andamento. De acordo com o delegado Samuel Elanio, o plano dos suspeitos que estavam com as armas de fogo era entrar na base de valor e render as pessoas que estavam no interior do local. Ao perceberem a presença dos servidores, os integrantes do bando que estavam no lado de fora da empresa conseguiram fugir.

O delegado afirma que alguns dos criminosos já estavam sendo investigados antes mesmo da prisão ocorrida ontem, suspeitos de terem praticado outros delitos. Samuel Elanio ainda relata que entre os envolvidos têm cearenses, paulistas e um paraibano.

Alguns minutos antes do ataque, os rádios comunicadores da Polícia Militar (PM) pararam de funcionar. A suspeita é que o grupo tenha danificado os cabos de fibra ótica da central que fica perto da Secretaria da Fazenda (Sefaz) para evitar a troca de informações entre as composições. Com o dano, os serviços online da Sefaz ficaram fora do ar.

O comandante de Policiamento Especializado da PM, coronel Aginaldo Oliveira, diz que não houve comprometimento na operação quanto ao fato. Ele acrescenta ainda que uma equipe da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) avaliará se o caso foi acidental ou criminoso.

Autuações

Os suspeitos que foram presos vão responder pelos crimes de organização criminosa, receptação, uso de documento falso, tentativa de roubo e por tentativa de homicídio, dependendo da atuação que cada um desenvolveu na tentativa de assalto. O bando continuará sendo investigado. Não é sabido se havia informação privilegiada de dentro da instituição. "Eles atuam em uma forma de consórcio. Pessoas de todos os Estados se organizam para atuar dentro ou fora do País", afirma Samuel Elanio, destacando que a chegada de alguns dos envolvidos ao Ceará foi monitorada pela PF.

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