Justiça anula uma das preventivas

Escrito por Redação ,
Legenda: Delegado Tarcísio Coelho, da Delegacia de Capturas e Polinter, voltou a conversar, ontem, com José Evaldo. O preso reafirma estar sendo injustiçado
Foto: FOTO: KIKO SILVA
O caso envolvendo um homem que está preso há vários dias na Delegacia de Capturas e Polinter, nesta Capital, supostamente, no lugar do irmão que morreu há nove anos, teve desdobramento ontem. O defensor público Bruno Nunes, que apura o fato, informou ter conseguido um alvará de soltura anulando um dos três mandados de prisão expedido contra o acusado.

O homem detido, José Evaldo Amâncio de Paula, 36, afirma estar preso injustamente, já que o verdadeiro fugitivo da Justiça era seu irmão José Valdery Amâncio de Paula, morto em 2003. Evaldo afirma que Valdery, envolvido em diversos crimes, teria roubado sua carteira de identidade e com ela se apresentava sempre que era preso.

Segundo o defensor Bruno Nunes, o alvará é relativo a um processo que tramita na Comarca de Sobral. O documento já foi enviado, via fax, de Sobral, pelo defensor público daquela comarca para a Delegacia de Capturas e Polinter (Decap). "Deste mandado de prisão ele está livre. Faltam outros dois, ambos da Comarca de Paracuru", afirma.

Quanto aos outros dois processos, não há previsão para que sejam resolvidos. As comarcas são distantes umas das outras e o incidente de troca de identidade ainda gera discussão se Evaldo é somente vítima da confusão causada pelo irmão, ou realmente culpado em algum dos crimes. "Tudo isso dificulta e atrasa a análise dos processos pelos juízes", explica Nunes.

"Acionamos os defensores das comarcas onde ele tem processos. Estamos fazendo o possível, aqui em Fortaleza, para que ele seja liberado logo". O diretor do Departamento de Polícia Especializada (DPE), delegado Jairo Pequeno, acompanha o caso.
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