Fundadores da facção GDE são transferidos do Ceará

Dois membros da cúpula da facção local saíram da custódia do Sistema Penitenciário do Ceará, na última semana, para ficarem sob responsabilidade do Departamento Penitenciário Federal, sediado em Brasília

Escrito por Redação , redacao@diariodonordeste.com.br

Dois dos fundadores e principais líderes da facção local Guardiões do Estado (GDE) foram transferidos do Sistema Penitenciário do Ceará. Deijair de Souza Silva, o 'De Deus'; e Noé de Paula Moreira, ambos apontados como alguns dos mandantes da maior matança do Estado, a 'Chacina das Cajazeiras', foram entregues ao Departamento Penitenciário Nacional (Depen) para serem alocados em um presídio federal.

Um documento do Poder Judiciário do Ceará revelou que a dupla foi transferida do Instituto Presídio Professor Olavo Oliveira II (IPPOO II), localizado em Itaitinga, Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), no último dia 24 deste mês, sob escolta policial.

Mesmo presos, Noé e Deijair ocupavam posições na cúpula da GDE. A dupla também fazia parte de um 'conselho interno' da facção, responsável por definir os rumos da organização. Moreira já havia sido condenado a 16 anos de prisão, em fevereiro deste ano, acusado de um homicídio cometido, em 2013, no bairro Antônio Bezerra.

Deijair foi preso cerca de um mês depois da Chacina das Cajazeiras, em um apartamento de luxo, no bairro Cocó. No dia 19 de fevereiro de 2018, Souza foi localizado em posse de uma pistola calibre 45, carregadores e munições. Ele já respondia pelos crimes de roubo, porte ilegal de arma e tráfico de drogas.

Chacina

Ao todo, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) divulgou que 14 pessoas participaram do massacre das Cajazeiras, ocorrido em janeiro deste ano. 'De Deus' estava em regime semiaberto e era monitorado por uma tornozeleira eletrônica, quando ordenou a chacina.

Além de Deijair de Souza e Noé de Paula, o inquérito apontou Misael de Paula Moreira, Auricélio Sousa Freitas e Zaqueu Oliveira da Silva como responsáveis por ordenar o ataque. Todos estão presos.

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