Fogo destrói barracas na Praia do Futuro

Um incêndio de grandes proporções destruiu totalmente duas barracas e parcialmente o teto de outra na Praia do Futuro, ontem de manhã. Segundo testemunhas, o fogo começou por volta das 8h30min depois de uma pequena explosão próximo do palco da Barraca ‘Atlantidz’, tendo rapidamente se alastrado pelo local, devido à grande quantidade de material inflamável no teto (palha) e no salão (madeira).

“Estava na cozinha com mais seis pessoas quando tudo começou. Foi um barulho de ‘estalo’ bem alto e, em seguida, as chamas. Tentamos apagar as primeiras chamas com extintor e com baldes cheio de água, mas o fogo aumentou e o gerente da barraca nos mandou correr”, contou a auxiliar de cozinha Aurila Parente, funcionária da barraca há um ano.

Como havia muito vento na praia, logo o fogo se alastrou para a barraca ao lado, o ‘Caranguejo do Mendes’. Tudo foi destruído em questão de minutos. “Foi muito triste ver o fogo tomando tudo e não poder fazer nada. O nosso maior desespero era ficar olhando e esperando que os Bombeiros chegassem”, lamentou Ione Muniz, dona de outra barraca. A ‘Chico do Caranguejo’ também foi parcialmente atingida.

CHEGADA - Apenas às 9h25min, quase uma hora depois do início do incêndio, o primeiro carro do Corpo de Bombeiros (CB) chegou ao local. Sem saber para onde iam - já que as três barracas pegavam fogo ao mesmo tempo - os bombeiros procuraram primeiro apagar as chamas da barraca menos destruída (‘Chico’). Cinco minutos depois outra viatura chegou ao local. Barraqueiros, funcionários das barracas, populares, policiais militares e bombeiros corriam de um lado para outro, tentando conter o avanço das chamas.

Simultaneamente, garçons das barracas incendiadas tentavam salvar tudo que não tivesse sido consumido pelas labaredas, como cadeiras e engradados. Alguns homens ajudaram os bombeiros a levar as mangueiras até os focos de incêndio.

DEMORA - A demora na chegada dos primeiros carros do Corpo de Bombeiros se deu, segundo o sargento Ricardo, “porque as viaturas do Posto situado no Mucuripe - o mais próximo da Praia do Futuro - não estavam disponíveis (uma estava quebrada e outra em missão). Então os carros tiveram de sair do Quartel Central, em Jacarecanga”.

PERÍCIA - Mesmo depois das chamas debeladas, os bombeiros não podiam precisar as causas do incêndio. “Sabemos onde começou segundo relatos das testemunhas e de funcionários da própria barraca. Mas é cedo para afirmarmos se houve curto-circuito ou outra coisa qualquer. Primeira será realizada uma perícia e só depois disso poderemos estudar o que aconteceu”, disse o major William Lopes, dos Bombeiros.