Relembre os 10 anos das mortes e prejuízos das enchentes de 2009 no Ceará

Seis pessoas já morreram devido a fortes chuvas no Estado neste ano

Escrito por Redação ,
Legenda: Cinco mortes foram ocasionadas após carros terem sido arrastados por correntezas
Foto: Maristela Gláucia

A história se repete. E o cenário é preocupante com a força das chuvas no Ceará. Danos estruturais e mortes estão sendo registradas nesta quadra chuvosa e o inverno ainda nem acabou. Em um março de 2019 de intensas precipitações, seis pessoas já perderam a vida: uma tentando realizar uma travessia e cinco arrastadas por correnteza.

Em 2009, ano que ficou marcado na história do Estado como o “ano da grande enchente”, quatro pessoas também morreram no período chuvoso.

Há 10 anos, choveu 1.125,7 milímetros em todo o Estado, um observado 53,1% maior que o normal histórico para o ano todo. Matérias publicadas pelo Diário do Nordeste, em maio de 2009, relatam que110.479 pessoas de 52 municípios haviam sido atingidas pela enchente. Entre os prejuízos, famílias perderam entes, foram desalojadas ou desabrigadas e nunca mais tiveram a mesma vida. 

Os registros históricos assustam e chegam a ser comparados com o atual cenário do Interior o Estado. Além das mortes desta semana, no último dia 18 de março, cerca de 250 famílias, que moram próximas à barragem do Açude Granjeiro, foram evacuadas de suas casas por risco de rompimento de estrutura, devido às fortes chuvas.

Confira imagens das enchentes de 2009 no Ceará: 

Àquela época, a Defesa Civil Estadual afirmou que as precipitações pegaram de surpresa o Estado e não foi possível planejar ações de socorro que atendessem às demandas de toda a população. Foram milhares de desabrigados. Neste ano, de acordo com o Tenente Romário, coordenador do órgão estadual, afirma que não é possível relacionar as mortes ocorridas em 2019 com plano de salvamento ou reparos estruturais. 

Todas as mortes foram em passagens molhadas. Essas passagens são feitas sim para realizar trajetos, mas são recomendadas apenas quando não está chovendo. Em período de chuva forte e irregular elas se tornam perigosas, tornando-se verdadeiros rios. É preciso evitar isso”.

Prevenção 

Para dar suporte aos municípios e possibilitar um socorro eficiente à população, em caso de eventos mais graves como inundações e fortes enchentes, cada Defesa Civil municipal deve estar preparada e com um plano de contingência em mãos, segundo o Tenente Romário Fernandes. “Cada município tem que ter seus sistemas de alerta dependendo do histórico de cada município, se ele alaga fácil, etc”, aponta. 

Legenda: Em 5 de maio de 2009, início do último mês da quadra chuvosa, O Diário do Nordeste noticiava as dificuldades de socorro ao Interior do Estado
Foto: Arquivo