Vacinação contra a H1N1 é encerrada em um dos centros de Juazeiro do Norte

Os portões do Centro de Dermatologia Sanitária e Doenças Infecto-Contagiosas Lourival Gondim foram fechados por volta das 10h30 e a imunização foi encerrada

Escrito por Redação ,
Legenda: Nesta semana, o Município recebeu mais doses da vacina da Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa), que enviou à cidade o quantitativo de 8.800 doses.
Foto: Foto: Lorena Tavares

Após a população lotar o Centro de Dermatologia Sanitária e Doenças Infecto-Contagiosas Lourival Gondim, principal ponto de vacinação contra a H1N1 em Juazeiro do Norte, na manhã desta terça-feira (11), os portões foram fechados por volta das 10h30 e a imunização foi encerrada. A equipe de reportagem do Sistema Verdes, que esteve no local, estima que mais de 500 pessoas foram ao centro hoje tentar se vacinarem.  

"A procura foi imensa desde o início da campanha (iniciada em 10 de abril), mas os grupos não procuraram as unidades no período. Depois que aconteceram alguns casos de H1N1 aqui na região a população ficou apavorada. Estamos em uma situação constrangedora porque não temos vacinas suficiente”, aponta a coordenadora de imunização do Centro de Dermatologia, Márcia Rejane Rodrigues. 

Nesta semana, o Município recebeu mais doses da vacina da Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa), que enviou à cidade o quantitativo de 8.800 doses. As vacinas que chegaram a Juazeiro do Norte são destinadas aos grupos prioritários que ainda não atingiram a meta de 90% preconizada pelo Ministério da Saúde e também para a 2ª dose.  

A prioridade para esse novo lote são crianças maiores de seis meses e menores de seis anos (1º ou 2º dose), idosos acima de 60 anos e gestantes, grupo que ainda precisa atingir a meta de 90% de imunização. Professores, profissionais da saúde, policiais e pessoas que têm comorbidades (também pertencentes do grupo prioritários) não vão ser vacinados agora. 

Sem vacina 

Jennifer Pereira foi nesta manhã vacinar o filho de 1 ano. "Vim ontem e fiquei até às 11h. Quando cheguei, às 11h, já não tinha mais vacina. Hoje está tendo um atendimento péssimo, aqui está uma desorganização, as crianças e os idosos estão no sol", desabafou.  

Já a filha de quatro anos de Natália Ferreira de Sousa não pôde ser vacinada durante o período da campanha. "É meio complexo, porque se tivesse ao menos um pouco de organização daria mais eficiência, eles não sabem organizar nem uma fila. Quem está aqui desde cedo vai para a sombra e depois volta para a fila, vai para sombra, volta novamente para a fila".  

“Nesta semana recebemos mais doses, porém a orientação é atender apenas o público prioritário, o grupo de crianças, por exemplo, recebe uma primeira dose e com 30 dias tem que receber outra. Vou ter que guardar esta segunda dose, então no geral não temos 8.800 doses. Devido a quantidade de gente vamos encerrar e amanhã vamos contabilizar e ver quantas doses ainda restam. Até o Estado assegurar que vão mandar mais doses, vamos ter que segurar as vacinas para 2º dose”, explicou a coordenadora. 

Durante toda a campanha o município recebeu 71.950 doses para a vacinação dos grupos prioritários. A reportagem entrou em contato com a Sesa, mas até a publicação desta matéria o órgão não respondeu a demanda. 

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