Quadra chuvosa de 2018 no Ceará registra maior nível desde 2011

Durante o período, já se registram 553,5 milímetros de chuvas; média se situa entre 505,6 mm e 695,8 mm, segundo a Funceme.

Escrito por Redação ,

Do início de fevereiro até 11 de maio, o Ceará já atingiu a média histórica para a quadra chuvosa, conforme dados da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). Durante o período, registra-se o total de 553,5 milímetros de chuvas em todo o território cearense. A média histórica se situa entre os limites 505,6 mm (inferior) e 695,8 mm (superior), segundo o órgão.

O cenário é parecido com o do ano passado, quando o Estado ficou com 551,6 mm durante a quadra chuvosa, e melhor que o quinquênio 2012-2016, quando as precipitações no mesmo período ficaram entre 302,5 e 460,2. Contudo, ainda faltam 20 dias para maio de 2018 encerrar e os números, portanto, podem melhorar. Vale ponderar que, mesmo com aporte significativo em reservatórios, a situação hídrica do Estado ainda é preocupante.

Nesta sexta-feira (11), segundo a Funceme, chove em 11 municípios cearenses, num volume bem menor que o registrado na quinta-feira, quando choveu em 83. E, se na quinta, Fortaleza teve a maior chuva do Estado, com 134 mm, hoje a maior ocorreu em Maracanaú, com apenas 19,6 mm. Em seguida, vêm Aquiraz (12 mm) e Itaitinga (8,6 mm).

Previsão

O órgão de meteorologia informa que há nuvens próximas ao setor norte do Nordeste associadas à Zona de Convergência Intertropical (ZCIT). No leste da região, observam-se áreas de instabilidade que se formam no oceano Atlântico e deslocam-se para o continente. 

A previsão é de nebulosidade variável com eventos de chuva no Centro-Norte do Estado. No Sul, há possibilidade de chuva.

Nível dos açudes ainda é baixo

Apesar de já ter atingido a média histórica para a quadra chuvosa neste ano, o Ceará ainda vive uma situação preocupante no que diz respeito ao nível de seus açudes. De acordo com a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Estado do Ceará (Cogerh), a média dos 155 reservatórios do Estado é de apenas 17,1% da capacidade preenchida até o momento, um valor positivo ante os resultados dos anos anteriores, mas que ainda gera preocupação.

Para se ter uma ideia, 83 açudes do Estado ainda estão com um volume inferior a 30%, enquanto apenas 18 estão sangrando no momento, informou a Cogerh. A situação mais crítica é a da região do Médio Jaguaribe, onde está localizado o Castanhão. Por lá, o nível médio dos reservatórios é de 8,58%.

Média da quadra chuvosa nos últimos 11 anos

*O volume de 2018 é parcial


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