Famílias deixam casas após vazamento, rachaduras e afundamento dos imóveis em Viçosa do Ceará

A Defesa Civil interditou pelo menos quatro casas e as famílias estão sendo levadas para abrigos

Escrito por Redação ,
Legenda: Casas correm risco de desabar em Viçosa do Ceará
Foto: Foto: Mateus Ferreira

Pelo menos 10 famílias da rua Maria Luiza Fontenele, no bairro São José, passaram a madrugada desta quinta-feira (27) na rua, em frente às residências, com medo de que seus imóveis desabassem, em Viçosa do Ceará. Eles afirmam que o chão das casas está afundando, as paredes apresentam rachaduras e escutam “estalos” na estrutura, após um vazamento na tubulação da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece).

O coordenador da Defesa Civil e secretário de Agricultura de Viçosa do Ceará, Renato Andrade Gurgel, diz que a população procurou o órgão nesta quinta. De acordo com ele, a Guarda Municipal, a Secretaria de Ação Social e a Secretaria de Infraestrutura do município foram acionadas.

“As casas estão interditadas, estão sendo providenciados os laudos pelos engenheiros, e a equipe da Ação Social está abrigando essas famílias.” Gurgel afirma, ainda, que até o momento são quatro casas interditadas, e que as famílias vão ser encaminhadas para abrigos em prédios públicos ou imóveis alugados com ajuda de custo. Moradores reclamam, no entanto, que o valor de R$ 200 disponibilizado pela prefeitura não é suficiente para alugar imóveis em outro ponto da cidade.

A Cagece afirmou que o vazamento na rua Maria Luiza Fontenele foi retirado na noite da última quinta-feira (27). Conforme a Cagece, uma equipe de engenheiros foi enviada ao local para avaliar os danos causados aos imóveis e a previsão é que até a próxima segunda-feira (1º) o levantamento seja concluído.

"A companhia reforça que os danos serão reparados e que o moradores estão sendo devidamente orientados", completa a nota.

Legenda: Moradores deixam casas com medo de imóveis desabarem em Viçosa do Ceará
Foto: Foto: VC Repórter

Calçadas afundando

Uma das moradoras, Maria Eduarda Ferreira da Silva, 21 anos, diz que os sinais começaram a aparecer no último domingo (23).

“Começou domingo o portão baixar. Aí perceberam que todas as calçadas tavam afundando. Na quarta, a cerâmica da mulher começou a cair, a laje. Os dois prédios dela entortaram e o nosso começou a rachar. Rachou tudo, tanto que o teto já tá baixando. A gente pisa e já tá fofo”, relata.

Além dela e da avó, outros moradores da rua Maria Luiza Fontenele passaram a madrugada desta quinta-feira (27) nas calçadas, fora de casa.

“Tô na casa da minha irmã, e aqui, a garagem a mulher emprestou pra colocar as coisas do nosso ponto”, se emociona Eduarda, ao contar que uma das vizinhas emprestou a garagem pra guardar produtos do comércio da família, que é a fonte de renda deles.

 

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