Estudantes de Pacatuba criam robô que pode auxiliar crianças cadeirantes e autistas

O robô, batizado como ‘Pakacthuba’, funciona com uma rede de sensores ultrassônicos que percebem a distância entre o usuário e objetos de determinado local.

Escrito por Redação , regiao@svm.com.br
Legenda: Robô foi desenvolvido durante estágio supervisionado.
Foto: Foto: Divulgação

Uma iniciativa protagonizada por estudantes da rede pública estadual do município de Pacatuba, cidade localizada a 33 quilômetros de distância de Fortaleza, tem o objetivo de auxiliar crianças cadeirantes e autistas em suas atividades cotidianas. João Vitor de Lima Sousa e Ana Jully Teófilo de Sousa, criaram o ‘Pakacthuba’, um micro robô colaborativo de baixo consumo de energia que percebe a distância entre o usuário e obstáculos físicos no local.

Os dois alunos cursam o Técnico em Automação Industrial, na Escola Estadual de Educação Profissional (EEEP) Raimundo Célio Rodrigues, e desenvolveram o robô durante estágio supervisionado no Núcleo de Tecnologia e Qualidade Industrial do Ceará (Nutec). “Quando decidimos criar algo, o objetivo era ajudar as crianças que têm deficiência, além de  promover isso de uma forma divertida para que tivesse a leveza de uma brincadeira”, comentou João Victor.

Robô

Tecnologia

O robô funciona com uma rede de sensores ultrassônicos que percebem a distância entre o usuário e objetos de determinado local. O “Pakacthuba”, como ficou conhecido, foi criado a partir de uma impressora 3D e é controlado por um aplicativo de smartphone. Outro diferencial é que, por funcionar com comunicação bluetooth, o robô permite o comando remoto em uma distância de até dez metros sem que seja preciso a utilização de fios. 

Para testar a criação inovadora, os estudantes apresentaram o ‘Pakacthuba’ a alunos de escolas públicas do Município. “A gente queria ver como o projeto ia ser abraçado pelas crianças, como elas iam reagir, se iam gostar. O resultado foi super positivo e elas amaram”, lembra Jully Teófilo. O custo médido do equipamento é de R$ 240, porém, os estudantes estão planejando uma forma de baratear o produto com a utilização de materiais recicláveis.

Capacitação

O estágio supervisionado dos alunos teve início em agosto deste ano, no Centro de Referência em Automação e Robótica (Centauro) do Nutec. O engenheiro Renato Cândido Zimmermann foi o responsável por supervisionar o projeto. Para isso, Renato e os dois estudantes montaram um Plano Participativo de Trabalho de estágio, que foi desenvolvido dentro das iniciativas estaduais e regionais do projeto “Geração do Conhecimento 5.0”.

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