Dos palcos ao backstage, representatividade feminina no Festival Jazz & Blues é destaque no evento

Desde a primeira edição, 90% do projeto é feito por mulheres, promovendo novos olhares sobre os lugares que elas estão ocupando

Escrito por Diego Barbosa ,
Legenda: Cantora Jesuton é uma das atrações do Festival Jazz & Blues, em Guaramiranga.
Foto: Bruno Soares

A presença feminina desponta no Festival Jazz & Blues desde a primeira edição do evento. Dentro e fora dos palcos, percebe-se o alcance do trabalho delas, promovendo novos olhares sobre os lugares que estão ocupando.

De acordo com informações da organização do festival, 90% do projeto é feito por mulheres, número sentido desde a entrada do palco principal, na Cidade Jazz & Blues: são elas que ocupam a linha de frente da segurança, a grande novidade deste ano. Além disso, estão espalhadas por quase todos os postos, da comunicação aos shows.

Nomes como a inglesa Jesuton, a americana Terrie Odabi, a argentina Vivi Pozzebón, a alemã Reseda Streb e as cearenses Kátia Freitas, Mel Mattos e Vanessa França, da Marajazz, também representam o alcance delas à frente das apresentações no evento, feito sentido em todas as edições, vale ressaltar.

No ano passado, por exemplo, estiveram presentes na programação o grupo cearense Divas do Blues, a cantora Marilia Lima e a cantora e compositora Rebeca Câmara. Um movimento que a idealizadora e diretora do festival, Maria Amélia Mamede, deseja manter.

“Acho que como as idealizadores do evento são mulheres, se torna uma coisa natural que priorizemos nomes femininos conosco. Na produção, todas as pessoas que asssumem cargo de coordenadoria são mulheres, com exceção do setor de transporte”, explica.

“Não é questão de termos uma cota para a presença feminina no festival. Trata-se apenas de uma valorização que será sempre uma constante para nós”, completa.

Campanha

Conferir enfoque à iniciativa do Festival Jazz & Blues é oportuno especialmente neste momento que o Sistema Verdes Mares está com a campanha “O que as mulheres têm a dizer”. O projeto tem o objetivo de estimular as mulheres a narrarem e compartilharem suas próprias histórias, amplificando suas vozes sobre as conquistas, as angústias e as denúncias do dia a dia.

Ao longo deste mês de março, um novo espaço no site do Diário do Nordeste reunirá histórias enviadas por mulheres, anonimamente ou não, formando um mosaico de relatos a respeito do que julgam importantes contar. Às interessadas em colaborar com a proposta, é possível enviar um WhatsApp para (85) 98802-4670 ou utilizar a hashtag #Oqueasmulherestemadizer, no Instagram.