Cães de rua são adotados por bombeiros e viram mascotes de quartel

Marquezine e Francisco fazem parte da corporação de Iguatu e têm, entre as obrigações, brincar com a tropa

Escrito por Redação ,
Legenda: Os bombeiros se revezam nos cuidados de Francisco e Marquezine, na compra de medicamentos e na vacinação.
Foto: Wandemberg Belém

Francisco e Marquezine. Os nomes foram dados pelos Bombeiros de Iguatu, no Centro Sul cearense, ao casal de cachorros que vivia nas ruas e, hoje, mora na sede da corporação, que fica na rua Dr. Carlos Roberto Costa, no bairro Esplanada. O primeiro a ser adotado foi Francisco, há cerca de um ano, quando ainda era filhote, com pouco mais de um mês de nascido. O Tenente Coronel Nijair Araújo, comandante dos bombeiros em Iguatu, lembra que ele foi trazido por um dos sargentos. “No primeiro momento batizei de Vulcão, mas eu viajei e quando voltei já estava Francisco. Já promovido a sargento, mas ele é muito indisciplinado”, brinca.

Legenda: Francisco, o primeiro cão a ser adotado pela corporação, foi promovido a sargento mas é muito indisciplinado.
Foto: Wandemberg Belém

Indisciplinado e independente. Foi Francisco quem trouxe Marquezine, uma cadela, para o quartel. “Francisco tem vida própria. Às vezes ele sai e, em uma dessas saídas, trouxe a Marquezine”, diz o comandante. E não foi só ela. As andanças de Francisco já levaram pelo menos outros cinco cachorros para o quartel, mas só ele e Marquenize passaram a “fazer parte” da corporação. Francisco é de raça mista, enquanto Marquezine é uma vira-lata. 

Rotina no quartel

Os dois animais são bem cuidados e totalmente adaptados ao quartel, circulam por todos os espaços. Não faltam dedicação e carinho aos animais, que recebem comida, água fresca e sombra à vontade. Os bombeiros se revezam nos cuidados, na compra de medicamentos e na vacinação. 

Legenda: Marquezine foi trazida por Francisco em uma das andanças do cachorro, e acabou ficando no quartel.
Foto: Wandemberg Belém

Em troca, os animais têm algumas obrigações. A primeira delas é brincar com a tropa. “O convívio com os animais é bom. A gente tem aquele momento de prazer, de relaxamento, de descontração”, afirma o Subtenente Emílio Oliveira. Já à noite, nada de brincadeira, os cães montam guarda. “Ficam um pouco mais agressivos porque a função deles à noite é guarnecer o quartel. É um plantão a mais que nós temos aqui. É ininterrupto”, complementa o comandante Nijair Araújo.

Os bombeiros esperam que o exemplo seja seguido por outras unidades e por pessoas que gostam de animais e podem ajudar a tirá-los das ruas. “Acreditamos sim em políticas públicas nesse sentido. Mas a nossa missão aqui é cuidar do Francisco e da Marquezine. Ser exemplo”.

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