Jornal escolar melhora rendimento

Escrito por Redação ,
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Rio de Janeiro. Um jornal comunitário idealizado pela Escola de Ensino Fundamental e Médio Nazaré Guerra, do município de Itatira, 212km de Fortaleza, será modelo para implementação de experiências semelhantes em cinco Estados. O projeto foi aprovado pela Planetapontocom, Organização Não-Governamental de mídia-educação do Rio de Janeiro, para capacitar professores e mais de nove mil alunos de escolas públicas e particulares a partir do próximo ano. A iniciativa é do ex-aluno da instituição, Dario Gomes, que criou o “NG News” quando tinha apenas 11 anos, e cursava a 5ª série.

Agora é estudante de Jornalismo na UniverCidade, do Rio, e faz estágio numa empresa de mídia carioca. “Substituímos as popularescas matérias institucionais e internas desse tipo de projeto por reportagens de qualidade sobre o município produzidas pelos próprios alunos. Os estudantes passaram a interagir com os problemas da comunidade e compreenderam melhor seu papel de cidadão, valorizando mais a educação”.

Cursos gratuitos

Participam do projeto dez estudantes com faixa etária de 14 a 17 anos. Todos recebem supervisão e são capacitados por meio de cursos ministrados gratuitamente por Dario. Nos treinamentos, os alunos aprendem noções como “lead”, objetividade, imparcialidade, credibilidade das informações e técnicas de Língua Portuguesa. Os alunos ainda fazem as reportagens utilizando-se dos mesmos materiais de jornalistas atuantes do mercado, como bloco de notas, gravador, câmera e agenda com contatos de assessorias de imprensa. A publicação também é distribuída a preços populares (R$ 0,50) e a arrecadação é revestida para compra de materiais diversos.

FORMAÇÃO

Estudantes participam como voluntários

Rio de Janeiro. Os alunos do projeto atuam como voluntários em funções específicas nas áreas de diagramação, reportagem, fotografia e edição. Os produtores reúnem-se e editam o jornal no próprio laboratório de informática da instituição. As sugestões de pautas são enviadas pelos leitores ou apresentadas pelos próprios alunos e aprovadas em consenso com a equipe. O jornal não publica denúncias ou acusações de corrupção que possam ferir a uma entidade, grupo ou pessoa.

“O jornal tornou a escola mais próxima das famílias dos alunos e isso repercutiu numa valorização maior da instituição como centro educacional”, diz a diretora da unidade, Piedade Vieira. O jornal escolar dispõem de uma versão online no site da escola (www.nazareguerra.com) onde as redes de ensino podem ter acesso.