Funasa constrói casas

Escrito por Redação ,
Legenda:
Foto:

O objetivo é substituir as casas de taipa por de alvenaria, evitando a proliferação do barbeiro, que transmite a doença

Quixelô Um programa de construção de casas populares em substituição às antigas moradias de taipa começa a beneficiar famílias da zona rural deste município, localizado na região Centro-Sul. O projeto é da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) em parceria com a Prefeitura e prevê a construção de 100 unidades. O objetivo é prevenir a Doença de Chagas, eliminando focos do inseto conhecido por barbeiro, que é o causador da doença.

As primeiras unidades estão em construção na localidade de Chapada. As obras começaram em agosto passado. No total, 12 casas já foram concluídas e mais 15 estão em andamento. Os operários trabalham em ritmo intenso. "Até fevereiro, vamos construir mais 18 casas", disse o encarregado das obras, Raimundo Nonato de Oliveira. "Esse é um projeto importante para a comunidade".

De acordo com a secretaria de Infraestrutura do município, serão investidos na construção das moradias populares R$ 753 mil. A Prefeitura investiu uma contrapartida de R$ 50 mil. O prefeito de Quixelô, Gilson Oliveira, disse que o programa faz parte de um esforço da administração para melhoria de qualidade de vida da população e visa reduzir a incidência da doença na zona rural.

Prevenção

As casas de taipa, além de abrigarem o inseto popularmente conhecido por barbeiro ou chupão nas frestas entre o barro e a madeira de sustentação, são quentes, baixas e, geralmente, têm piso de terra. A medida atende tanto a prevenção da doença, que não tem cura, quanto garante uma melhor qualidade de vida e de moradia para as famílias da comunidade.

"A nossa meta é acabar com esse tipo de moradia nos próximos três anos", anunciou o prefeito Gilson Oliveira. Outras unidades habitacionais já foram construídas em administrações passadas. O atual prefeito procura dar continuidade ao projeto e tenta ampliar o número de habitações oferecidas.

As novas casas de alvenaria construídas em Chapada têm piso em cimento, dois quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviço. As unidades dão construídas ao lado das antigas habitações de taipa, assim as famílias não precisam se mudar para outros locais. Já as construções de taipa são destruídas com o objetivo de evitar que outras famílias passem a morar nas velhas unidades.

Na localidade, as primeiras 12 famílias beneficiadas com o programa mostram-se satisfeitas com a mudança. "Não tem comparação", disse a dona-de-casa Aurilene Dimas da Silva. "É uma outra realidade morar em uma casa de alvenaria". A aposentada Diolina Gomes foi enfática: "Só Deus sabe da minha felicidade e da alegria que foi passar a morar numa casa bem melhor, com mais conforto".

Satisfação

O agricultor Francisco Souza lembra do calor, da poeira e do desconforto da antiga casa de taipa. "Era muito quente, o piso era de chão batido. Durante o dia a gente não suportava o calor e quando chovia havia muitas goteiras". As famílias estão satisfeitas e acompanham o andamento da construção das outras casas.

Além da Chapada, outras comunidades serão beneficiadas: Bandeira, Salsa, Mulungu, Boa Vista, Córrego, Recanto e Anjicos. As famílias vivem a expectativa de serem beneficiadas a substituição às habitações de taipa. O prefeito Gilson Oliveira, anunciou também a construção da adutora de água do rio Trussu até o sistema atual de captação em poços e tratamento do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), numa distância de 5 quilômetros.

Enquete
A mudança foi boa?


"Não tem comparação uma casa de alvenaria com aquelas de taipa em que a gente morava, quentes e baixas"
Aurilene Dimas da Silva, Dona-de-casa

"Estou muito satisfeita e foi certamente uma mudança para melhor, morar com mais conforto e segurança"
Diolinda Gomes, aposentada, Aposentada



Honório Barbosa
Repórter