Chuvas atingem 70 municípios

Escrito por Redação ,

Iguatu. A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) registrou chuva em 70 municípios entre as 7 horas dessa quarta-feira, 29, e 7 horas dessa quinta-feira, 30. As precipitações concentraram-se nas regiões Noroeste, Norte e Nordeste do Ceará. As três maiores foram observadas em Icapuí (70mm), São Gonçalo do Amarante (55mm) e Beberibe (50.2mm).

Para hoje, sexta-feira, e amanhã, a Funceme prevê tempo nublado no decorrer do dia e chuvas em todo o Estado. De acordo com o meteorologista da Funceme, Raul Fritz, houve uma reaproximação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), que é o principal sistema indutor de chuvas no Ceará durante a quadra invernosa (fevereiro a maio). A região Centro-Norte deve ser mais favorecida.

Até ontem, a Funceme registrou, em média, 211.3mm neste mês de março. Para o período são esperados 203.4mm. A pluviometria já está dentro da média histórica, favorecendo na maioria das regiões do sertão cearense a formação de pastagem nativa para o rebanho e a produção de sequeiro dos grãos - milho e feijão.

A Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) registrou, ontem, aporte de 13,2 milhões de metros cúbicos em 49 açudes de um total de 153 monitorados pelo órgão. Destacam-se os seguintes reservatórios: Acarape do Meio, Angicos, Aracoiaba, Araras, Ayres de Sousa, Castanhão, Caxitoré, Frios, General Sampaio, Jaburu I, Orós, Pedras Brancas e Pentecoste. O volume médio atual acumulado no Ceará é de 10,5%.

Os meses de abril e maio têm média histórica de pluviometria inferior a março, que finda hoje. A tendência é das chuvas permanecerem dentro da média de um modo geral no Estado, mas conforme previu a Funceme na atual quadra invernosa, não haverá aporte significativo dos principais açudes, responsáveis pelo abastecimento dos maiores centros urbanos.

A preocupação do governo do Estado mediante o atraso na conclusão das obras do Projeto de Transposição do Rio São Francisco é com o Açude Castanhão, o maior do Ceará, e o sistema Pacoti-Riachão-Gavião, que abastecem os municípios da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).

Está ocorrendo uma melhoria no nível de vários reservatórios, mas a maioria é formada por pequenos açudes. Se não houver recarga elevada no Castanhão, que atualmente acumula apenas 5,8%, o abastecimento da Grande Fortaleza enfrentará dificuldades no fim deste ano e início de 2018.